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Matérias / Pequenas Cartas Obscenas

Pequenas Cartas Obscenas: Baseado em história real, filme chega aos cinemas nesta quinta-feira (25)

Pequenas Cartas Obscenas revive o momento em que Littlehampton ficou de cabeça para baixo quando cartas difamatórias foram enviadas

Redação Publicado em 22/07/2024, às 19h00 - Atualizado em 25/07/2024, às 19h13

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Cena do filme Pequenas Cartas Obscenas - Divulgação
Cena do filme Pequenas Cartas Obscenas - Divulgação

Na década de 1920, a pacata cidade costeira de Littlehampton ficou de cabeça para baixo quando uma série de cartas anônimas difamatórias, marcadas por palavrões e hostilidade, foram enviadas como mísseis em uma briga entre vizinhas, chocando toda a Inglaterra pós-guerra.

Esta irreverente história verdadeira também serve como base para “Pequenas Cartas Obscenas”, comédia estrelada pela vencedora do Oscar Olivia Colman. O filme estreia em 25 de julho exclusivamente nos cinemas do Brasil.

No filme

Na trama, a profundamente conservadora Edith (Colman) e Rose Gooding (Jessie Buckley), a moderna e desbocada imigrante irlandesa que acabou de chegar na cidade, são vizinhas de porta. A cordialidade entre as duas acaba quando Rose se desentende com o pai da beata e elas entram em um embate. Quando Edith e os moradores de Littlehampton começam a receber cartas maldosas, Rose é imediatamente acusada de ser culpada. 

Ao descobrir a verdadeira história que abalou a Inglaterra no início dos anos 1920, o roteirista e comediante britânico Jonny Sweet rapidamente visualizou que esta seria a base perfeita para seu primeiro roteiro cinematográfico.

Lembro de sentir uma forte adrenalina, porque estava procurando exatamente esse tipo de história em que eu pudesse escrever algo que fosse realmente original e engraçado, mas que tivesse significado”, diz Sweet ao site Aventuras na História.

A opressão contrapondo a liberdade de expressão das mulheres, questão tratada com ainda mais agressividade na década de 1920 do que na atualidade, faz-se presente em “Pequenas Cartas Obscenas” de maneira sutil.

A diretora, Thea Sharrock, ficou intrigada com o desafio que o filme apresentaria em termos de diferentes tons e do estilo de humor que Sweet havia criado no roteiro. Ela então optou por manter e ressaltar a elegância do roteiro "sem deixar muito pesado".

"Definitivamente há grandes temas neste filme, mas nunca são apresentados de forma explícita", diz Sharrock ao site Aventuras na História. "Você não é conscientemente informado: ‘Ah, este é um filme sobre emancipação feminina.’ Você não pensa nisso enquanto assiste, é isso que é tão brilhante no roteiro de Jonny”. Para ela, tais questões só atingem o espectador quando o mistério é revelado e os créditos finais sobem: “E então ele te deixa com muito para pensar. Acho que é um roteiro muito rico por essa razão, é completamente único. É diferente de qualquer coisa que eu já li", completa a diretora.

Imagem promocional de "Pequenas Cartas Obcenas" - Divulgação

Carga dinâmica

Para Sweet, a época em que a história se passa e a mentalidade das pessoas daquele período permitiu que o roteiro brincasse com opiniões absurdas, trazendo ainda uma carga dramática para a comédia: “Foi essa mistura de tons que achei bastante apetitosa”.

Mas ele também reflete sobre o processo que foi até chegar na versão final do texto. “Quando comecei a rascunhar o roteiro, estava me perdendo muito na realidade do caso e encontrando maneiras de incorporar cada detalhe”, ele relembra. “Mas assim que tive uma estrutura que fizesse sentido e percebi que isso era mais sobre os personagens do que sobre os eventos, ficou muito fácil de escrever”, completa. 

“Se alguém entrasse em uma sala e dissesse, ‘Tenho uma ótima ideia sobre duas mulheres, elas são vizinhas em guerra que eram amigas e cartas anônimas e uma pequena comunidade’, isso poderia não ser convincente”, comenta o produtor Graham Broadbent. “Mas saber que tudo aquilo era verdade e ter a oportunidade de investigar mais a fundo, compreendendo os extremos da história e como tudo aconteceu, isso dá base e autenticidade para uma obra com alto potencial de entretenimento”.

Com humor refinado e personagens femininas complexas, “Pequenas Cartas Obscenas” é baseado em uma história real. Dirigido por Thea Sharrock (“Como eu era antes de você’), o filme estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros em 25 de julho.

O roteiro é assinado por Jonny Sweet e conta elenco de peso como a atriz ganhadora do Oscar Olivia Colman (‘A Favorita’, ‘A Filha Perdida; ‘The Crown’), a atriz indicada ao Oscar Jessie Buckley (‘A Filha Perdida’; ‘As Loucuras de Rose’) e o ator indicado ao BAFTA Timothy Spall (‘Harry Potter’; ‘O Discurso do Rei’). 

Sinopse

Uma cidade litorânea inglesa dos anos 1920 testemunha um escândalo falso e ocasionalmente sinistro nesta comédia de mistério tumultuosa. Baseado em uma história real mais estranha que a ficção, “Pequenas Cartas Obscenas” segue duas vizinhas: a profundamente conservadora Edith Swan (Olivia Colman) e a desordeira imigrante irlandesa Rose Gooding (Jessie Buckley). Quando Edith e outros vizinhos começam a receber cartas maldosas, cheias de palavrões involuntariamente hilários, a desbocada Rose é acusada do crime.

As cartas anônimas provocam uma comoção nacional, e um julgamento é iniciado. No entanto, à medida que as mulheres da cidade - lideradas pela policial Gladys Moss (Anjana Vasan) - começam a investigar o crime por conta própria, elas suspeitam que há algo errado, e Rose pode não ser a culpada afinal.