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Notícias / Arqueologia

Tesouro da Idade do Bronze é descoberto em meio a obras na Escócia

Durante um projeto de desenvolvimento habitacional na Escócia, foram encontradas nove pulseiras e colares entrelaçados, datados de 1000 a.C.

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 01/08/2024, às 13h28

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Fotografia do tesouro da Idade do Bronze descoberto na Escócia antes de ser completamente desenterrado - Divulgação/GUARD Archaeology
Fotografia do tesouro da Idade do Bronze descoberto na Escócia antes de ser completamente desenterrado - Divulgação/GUARD Archaeology

Durante obras de um projeto habitacional de Black Isle em Greenside, na vila de Rosemarkie, nas Terras Altas da Escócia, foram encontrados surpreendentes restos de uma fibra orgânica entrelaçada com nove pulseiras e colares. Estes artefatos, por sua vez, datam de cerca de 100 a.C., possibilitando assim mais informações sobre a vida daquela região durante a Idade do Bronze.

Conforme repercutido pelo Arkeonews, o "tesouro" foi descoberto no meio do que foi uma antiga vila da Idade do Bronze, que incluía seis casas redondas e uma sepultura em forma de cisto.

Vale mencionar que o artefato, somado a outro datado do mesmo período, escavado na costa leste da Escócia, ajuda a compreender e revelar mais aspectos sobre a cultura da Idade do Bronze em todo o país.

Descoberta

Após análise mais aprofundada em laboratório, os pesquisadores apontaram a presença de um anel de pescoço completo, um anel de pescoço parcial, seis braceletes penanulares (anéis incompletos) e um bracelete penanular com ponta de taça.

Tesouro descoberto na Escócia / Crédito: Divulgação/GUARD Archaeology
Imagem em raios-x do tesouro antes da escavação completa / Crédito: Divulgação/GUARD Archaeology

Outro elemento encontrado chamou bastante atenção: os artefatos estavam entrelaçados emcordões de uma fibra vegetal, que seguiram preservadas mesmo em 3 mil anos. A preservação dos materiais, segundo relatório da Guard Archaeology, oferece uma visão única das técnicas empregadas durante a Idade do Bronze para unir objetos do tipo.

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A recuperação dos artefatos foi realizada com sucesso sob as condições controladas necessárias para preservar esses objetos altamente significativos, particularmente os cordões orgânicos muito delicados que prendem alguns dos objetos", explica Rachel Buckley, líder dos estudos em laboratório, em comunicado.

"Onde as pulseiras eram mantidas com material orgânico, elas eram recuperadas como um grupo para permitir um estudo mais detalhado. Embora existam outros exemplos de tesouros onde foi postulado que os itens eram unidos devido ao seu posicionamento, a vegetação no tesouro de Rosemarkie sobreviveu por aproximadamente 3000 anos, provando que esses artefatos eram mantidos juntos", acrescenta.

Agora, os pesquisadores buscam compreender a razão pela qual o tesouro foi deixado. O que se teoriza até agora é que, considerando-se que o poço, que proporcionou a descoberta, foi preenchido apenas uma vez, e só havia ali o tesouro em si, o enterro seria intencional, e possivelmente pensado como um armazenamento temporário.

Por fim, novos estudos ainda são necessários para compreender melhor se o tesouro e o assentamento foram abandonados ao mesmo tempo, para compreender melhor a descoberta e seu contexto.