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Notícias / Arqueologia

A história por trás do vaso milenar que se acreditava ter origem viking

Revelação surpreendente foi anunciada pelo Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo, pouco antes da peça ser exposta ao público

por Giovanna Gomes
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Publicado em 06/09/2024, às 13h30 - Atualizado em 08/09/2024, às 10h27

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Vaso analisado em novo estudo - Divulgação/Museu Nacional da Escócia
Vaso analisado em novo estudo - Divulgação/Museu Nacional da Escócia

Pesquisadores descobriram que um vaso pertencente ao Tesouro de Galloway, um dos mais significativos achados da era viking na Escócia, na verdade tem origem no Oriente Médio. O tesouro, que conta com mais de 5 quilos de prata, ouro, broches e adornos, inclui um vaso de prata excepcionalmente bem preservado, encontrado envolto em tecidos.

A revelação surpreendente foi anunciada pelo Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo, pouco antes de o artefato ser exibido ao público pela primeira vez.

O vaso, com cerca de 14 centímetros, passou por uma análise de raios-x e limpeza a laser, o que revelou detalhes inéditos em sua superfície, incluindo coroas, altares de fogo, leopardos e tigres — símbolos característicos do zoroastrismo, religião do Império Sassânida, que ocupou o Irã entre 224 e 651 d.C. Conforme os pesquisadores, o objeto provavelmente pertencia a uma família poderosa da sociedade sassânida.

Martin Goldberg, do Museu Nacional da Escócia, explicou que as análises indicam que o vaso foi produzido na Ásia central ou ocidental.

"Agora sabemos que a prata da era viking que compõe a maior parte do tesouro foi derretida de moedas e metais da Inglaterra medieval. É incrível imaginar como o recipiente fez sua jornada pela metade do mundo à época, do Irã até este canto distante do sudoeste da Escócia”, disse ele.  A origem foi confirmada não só pelos símbolos, mas também pela composição do material, uma liga de prata e cobre comum na prata sassânida.

Item único

Este vaso é, até agora, o único item do tesouro com origem confirmada fora da Europa. Os pesquisadores continuam investigando mais detalhes sobre o tesouro, incluindo quem o enterrou e por que o fez. O tesouro será exibido ao público em 26 de setembro, lançando luz sobre as interações dos vikings com outras culturas e povos, além de suas conexões com gerações anteriores.