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Matérias / Bandida - A Número 1

Bandida - A Número 1: Veja a história real por trás do filme

Recém-chegado na Netflix, Bandida - A Número 1 narra a história de Raquel de Oliveira, que se tornou chefe do tráfico na favela da Rocinha

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 13/09/2024, às 13h32 - Atualizado em 17/09/2024, às 07h01

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Maria Bomani como Rebeca em 'Bandida - A Número 1', e a verdadeira Raquel de Oliveira - Divulgação/Paris Filmes / Arquivo Pessoal
Maria Bomani como Rebeca em 'Bandida - A Número 1', e a verdadeira Raquel de Oliveira - Divulgação/Paris Filmes / Arquivo Pessoal

Na última sexta-feira, 13, chegou à Netflix um filme brasileiro que narra os eventos de uma história real e brutal de numa das maiores favelas do Brasil. Em 'Bandida - A Número 1' — lançado em junho deste ano —, acompanhamos como uma mulher chamada Rebeca viveu, cresceu e se tornou chefe do tráfico da Rocinha, no Rio de Janeiro.

"Aos nove anos, Rebeca (Maria Bomani) é vendida pela avó para pagar uma dívida de jogo. Trabalhando para o maior bicheiro da Rocinha, ela sobe na hierarquia do crime e se torna a primeira mulher a comandar o tráfico na favela", explica a sinopse do filme.

Uma curiosidade sobre o filme, dirigido por João Wainer, é que a personagem central, Rebeca, não é exatamente uma figura real. Porém, em geral, a produção se inspira no romance 'A Número Um', editado pela Casa do Palavra e escrito por Raquel de Oliveira — a "verdadeira" Rebeca. Conheça sua história!

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Ascensão 

Com apenas seis anos, a pequena Raquel de Oliveira, que vivia na favela da Rocinha, usou o primeiro tipo de droga para inibir a fome: cola de sapateiro. E, essa não foi a única tragédia de sua infância. Aos nove anos, assim como no filme, ela foi vendida pela avó a um chefe do jogo do bicho. Com apenas 11 anos ganhou seu primeiro revólver como presente.

Aos 15, na adolescência, foi quando Raquel cometeu seu primeiro homicídio. Na ocasião, ela fez uma entrega de maconha a um homem, que tentou abusar dela. Foi após a tentativa de ataque que a jovem Raquel pegou uma faca e o matou — o corpo só foi encontrado após três dias.

Já um pouco mais velha, Raquel casou-se com um homem chamado Naldo, que era chefe do tráfico na Rocinha em meados da década de 1980, conforme repercute o portal Splash, do UOL. Porém, em 1988, Naldo foi morto em um tiroteio contra a polícia — e foi após isso que Raqueltornou-se a nova chefe do tráfico da favela.

Cena de 'Bandida - A Número 1' / Crédito: Divulgação/Paris Filmes

Volta por cima

Nessa época, principalmente após a morte de seu companheiro, Raquel enfrentou problemas com o alcoolismo e com o vício em drogas, que quase a fizeram colocar tudo a perder.

Felizmente, ela conseguiu entrar para a reabilitação. Concluiu o ensino médio, se formou em pedagogia e, finalmente, escreveu o livro 'A Número Um', onde conta sua própria história.

Este livro é minha história de vida. Apenas a literatura me mantém de pé para enfrentar minha história após 30 anos. Escrever me dá prazer, substitui a cocaína, consigo fugir da dor, me anestesiar, parar o tempo", disse ela à AFP em 2015, na Festa Literária das Periferias (FLUPP).
Raquel de Oliveira em biblioteca / Crédito: Divulgação / TV Globo

'Bandida - A Número 1' está disponível no catálogo da Netflix.