Tema da série 'Monstros', que chega amanhã à Netflix, Lyle e Erik Menendez chocaram os EUA em 1989, ao assassinarem os próprios pais
Publicado em 18/09/2024, às 18h00 - Atualizado em 19/09/2024, às 07h07
Nesta quinta-feira, 19 de setembro, chega à Netflix a nova temporada da série 'Monstros', que teve início em 2022 com episódios em torno de Jeffrey Dahmer, o canibal americano. Nos novos episódios, acompanhamos um dos casos criminais que mais chocou os Estados Unidos no fim do século 20: a morte de Jose e Kitty Menendez.
Um empresário cubano-americano que conseguiu crescer e conquistou grande sucesso, Jose Menendez foi assassinado ao lado de sua esposa no escritório de sua mansão em Beverly Hills, na Califórnia.
A medida que as investigações avançavam, foi descoberto que os responsáveis pela atrocidade foram os próprios filhos do casal, Lyle e Erik — com 21 e 18 anos, respectivamente.
Com isso em mente, confira a seguir os cinco momentos mais chocantes que ocorreram ao longo dos julgamentos dos irmãos Menendez:
Segundo o A&E, as primeiras especulações da mídia sobre o assassinato de Jose e Kitty eram de que o crime poderia ter sido orquestrado pela máfia ou mesmo relacionados ao trabalho de Jose no ramo de vídeos caseiros.
Isso porque, quem acionou as autoridades sobre a morte foi Lyle, que ligou para a emergência pouco antes da meia-noite de 20 de agosto de 1989. Soluçando, ele alegava que alguém havia matado seus pais.
Porém, em março de 1990, os irmãos foram presos e, com novas evidências, além da confirmação da dupla, foram condenados por assassinato em primeiro grau, sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
O que comprovou a culpa dos irmãos sobre o caso foi uma confissão gravada em áudio ao psicólogo Jerome Oziel. A fita com a gravação, que dura mais de uma hora, tornou a culpa dos irmãos inquestionável.
Uma parte em específico, que chama atenção, é quando Lyle diz: "Acho que uma das maiores, maiores dores que [Erik] tem é que você sente falta de ter essas pessoas por perto… Sinto falta de não ter meu cachorro por perto, se é que posso fazer uma analogia tão grosseira".
As fitas em questão foram recebidas pela polícia de Judalon Smyth, amante do dr. Jerome Oziel. Ela, que tinha autorização de Smyth para ouvir as sessões, alertou às autoridades sobre a existência das confissões dias após o fim do relacionamento, alegando ter escutado a admissão dos irmãos de uma sala adjacente.
Em testemunho, alegou que Oziel orquestrou as confissões, e ainda difamou o caráter do psicólogo ao dizer que foi espancada e estuprada, temendo que ele a matasse.
Após a acusação, Oziel foi acusado por quebrar regras de confidencialidade e outras condutas da profissão. Ele perdeu sua licença para exercer psicologia após o fim do segundo julgamento dos irmãos Menendez.
No início, grande parte da cobertura pré-julgamento dos irmãos Menendez acreditava que a motivação para o crime seria interesse na fortuna da família. Porém, semanas antes do início dos julgamentos, a advogada de defesa Leslie Abramson revelou ao Los Angeles Times que acreditava que os jovens haviam cometido a atrocidade em legítima defesa.
Ela disse, na época, que os irmãos foram molestados sexualmente pelo pai durante anos, e ainda conseguiu amigos e outras pessoas próximas da família para comprovar com histórias de possível abuso sexual e emocional de Jose e Kitty.
No entanto, muitos veículos não acreditaram nessa versão da história, que apontava que Lyle e Erik percebiam uma "ameaça iminente" à sua segurança física.
+ Irmãos Menendez: O familiar que confirmou a versão da história contada por Lyle e Erik
Quando Lyle Menendez foi questionado sobre os abusos que ele teria sofrido, o jovem começou a chorar enquanto compartilhava histórias extremamente gráficas de abuso. Segundo Robert Rand, repórter que cobriu os dois primeiros julgamentos e escreveu o livro 'The Menendez Murders', a primeira hora do testemunho foi a mais marcante.
"Quando você está assistindo pela TV, a câmera está no banco das testemunhas", disse Rand ao A&E. "Mas no tribunal os familiares estavam chorando, os jurados estavam emocionados. Alguns repórteres estavam ficando emocionados. Aquela primeira hora do depoimento de Lyle Menendez foi um momento absolutamente crucial. Simplesmente deixou o tribunal atordoado".
