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Matérias / Irmãos Menendez

Irmãos Menendez: As atualizações que ficaram de fora do novo documentário

Exclusivo da plataforma de streaming Netflix, o documentário "O Caso dos Irmãos Menendez" deixou novidades de fora ao retratar Lyle e Erik

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 08/10/2024, às 18h00

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Erik e Lyle Menendez - Getty Images
Erik e Lyle Menendez - Getty Images

Após a estreia explosiva da segunda temporada de "Monstro", a Netflix lançou um documentário sobre o caso dos irmãos Erik e Lyle Menendez, condenados pelo assassinato dos próprios pais, ocorrido em 1989.

Mas, a série e a produção documental omitiram novas evidências que os irmãos agora utilizam para apelar suas sentenças de prisão perpétua, determinadas após dois polêmicos julgamentos.

Condenados em 1996 pela morte de José e Kitty Menendez, o caso dos irmãos continua a instigar o público, levando Hollywood a explorar diferentes narrativas sobre o ocorrido.

No novo documentário, apenas uma breve menção ao final do documentário refere-se ao pedido de habeas corpus apresentado pelos irmãos em maio de 2023 para anular suas condenações.

Durante o julgamento inicial, os irmãos confessaram o crime, mas alegaram ter agido em legítima defesa contra abusos físicos e sexuais do pai, com conivência da mãe. Do outro lado, a acusação alegava que os irmãos mataram para herdar a fortuna da família. 

Os advogados dos Menendez afirmam que novas evidências, descobertas anos após os julgamentos, podem comprovar que os irmãos sofreram abusos por parte do pai. 

Novas evidências

Menendez
A carta escrita por Erik - Superior Court of the State of California

O pedido de apelação inclui uma carta escrita por Erik Menendez ao primo Andy Cano, meses antes dos assassinatos, na qual ele expressa medo do pai.

"Eu tenho tentado evitar o papai. Isso ainda acontece, Andy, mas é pior para mim agora. Não consigo explicar. Ele está tão acima do peso que não suporto vê-lo. Eu nunca sei. Quando isso vai acontecer e está me deixando louco. Toda noite, fico acordado pensando que ele pode vir", lamentou o caçula de José e Kitty Menendez em 1988. "Preciso tirar isso da minha mente. Eu sei o que você disse antes, mas estou com medo. Você simplesmente não conhece o papai como eu. Ele é louco! Ele me avisou cem vezes sobre contar a alguém, especialmente a Lyle. Eu sou um covarde? Não sei se vou conseguir superar isso. Eu consigo lidar com isso, Andy. Preciso parar de pensar nisso", escreveu Erik Menendez oito meses antes dos crimes, conforme repercutido pela LA Mag.

Além disso, Roy Roselló, ex-integrante da banda Menudo, declarou ter sido drogado e abusado por José Menendez na adolescência. A declaração foi feita no documentário "Menendez + Menudo: Boys Betrayed" no ano passado.

"Esse aqui é o homem", disse Roy ao apontar para uma imagem que mostra o pai dos Menendez. "Esse cara… esse é o pedófilo".

Nova audiência

O promotor distrital do Condado de Los Angeles, George Gascón, anunciou que o caso está sendo revisado para possível reavaliação das sentenças. Mas, ele destaca que nenhuma decisão foi tomada até o momento. 

"Nenhuma dessas informações foi confirmada", disse ele. "Não estamos prontos para dizer que acreditamos ou não nessas informações, mas estamos aqui para dizer que temos uma obrigação moral e ética de revisar o que está sendo apresentado a nós e fazer uma determinação com base em um lado de nova sentença, se eles merecem ser novamente sentenciados — mesmo que eles tenham sido claramente os assassinos — porque eles estão na prisão há anos e pagaram suas dívidas à sociedade. Se houvesse evidências que não foram apresentadas ao tribunal naquele momento, e se essas evidências tivessem sido apresentadas, talvez um júri tivesse chegado a uma conclusão diferente".