Depois de quase 30 anos do assassinato dos pais, Lyle e Erik Menendez se reencontraram na penitenciária de San Diego, Califórnia, em 2018
Após a segunda temporada da série "Monstro", da Netflix, a história dos irmãos Menendez é resgatada em novo documentário da plataforma: "O Caso dos Irmãos Menendez". Na produção, já disponível no streaming, os irmãos relembram o momento que se reencontraram na prisão em 2018, depois de 21 anos da condenação pelo assassinato dos pais.
Lyle e Erik Menendez foram presos em Los Angeles em 1990, acusados de terem matado os paisJose e Kitty a tiros um ano antes. Inicialmente, eles foram mantidos sob custódia na Cadeia do Condado de Los Angeles, e só em 1996, com a condenação pelo crime, seriam transferidos para a unidade correcional da Califórnia, onde cumpririam duas penas de prisão perpétua.
Entretanto, como explicam os próprios irmãos em documentário, eles foram separados no momento da realocação.
"Achávamos que iríamos para a mesma prisão", diz Erik, "eles o colocaram em uma van e eu não entendi por que eles estavam me colocando em outra. Comecei a gritar para Lyle e eles fecharam a porta. Foi a última vez que o vi".
Lyle Menendez foi enviado para a Prisão Estadual de Mule Creek, e Erik cumpriu pena em outras penitenciárias até parar na Richard J. Donovan.
Lyle passou mais de 20 anos insistindo para que fosse transferido para a mesma unidade prisional do irmão. Erik, por sua vez, fez greve de fome nos primeiros dias em detenção. Só em 2018 os irmãos se reencontraram, e cumprem pena em regime fechado até hoje.
Senti que finalmente era uma chance de curar", disse Lyle no documentário sobre o momento do reencontro.
Em 20 de agosto de 1989, Lyle e Erik - com 21 e 18 anos, respectivamente - atiraram em seus pais à queima-roupa enquanto as vítimas assistiam televisão na sala de sua mansão em Beverly Hills. O julgamento sobre o caso teve início em 1993. À época, os irmãos alegaram que sofriam abusos sexuais do pai, Jose Menendez, e que a mãe, Kitty, se omitiu sobre isso.
O resultado do julgamento foi inconclusivo, uma vez que os juízes não conseguiram determinar se tratava de homicídio doloso ou culposo, respaldado pelas alegações de abuso.
+ Irmãos Menendez: As atualizações que ficaram de fora do novo documentário
Em 1996, sob novo julgamento, eles foram condenados por homicídio de primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua sem liberdade condicional.