Para os arqueólogos, a descoberta sugere que o chamado Homem de Altamura tinha alguma condição de saúde pré-existente
De acordo com um estudo recente publicado pela revista PLOS One, na última quarta-feira, 2, pesquisadores das universidades de Florença, Sapienza, Roma e Pisa, na Itália, descobriram algo novo ao analisarem o maxilar e a mandíbula do já conhecido Homem de Altamura.
Segundo a reportagem publicada pela revista Galileu, os pesquisadores analisaram os dentes do neandertal e concluíram que ele tinha uma dentição quase completa, com 42 dentes. Mas, o que chamou a atenção foi a presença de cálculos nos dentes e as raízes da dentição expostas. Para os especialistas, isso sugere que o homem sofria de alguma doença gengival.
Sabe-se que o chamado conhecido Homem de Altamura chamou a atenção dos arqueólogos em 1993, quando seu esqueleto foi encontrado em uma gruta em Lamalunga, no sul da Itália. O homem de 130 mil anos permanece no preso no mesmo local. Acredita-se que ele tenha morrido de fome depois de cair em um poço acidentalmente.
Contudo, nas novas análises os especialistas encontraram problemas que não são explicados pela desnutrição: "Identificamos uma lesão no osso, na base de um incisivo, que pode ser devido a um forte estresse não atribuível à nutrição", afirmou Damiano Marchi, coautor do estudo.
Os cientistas acreditam que o neandertal sofria de algum problema de saúde pré-existente, ou seja, antes mesmo de cair no poço. A partir das análises na arcada dentária, os cientistas concluíram também que o homem não era idoso quando morreu, mas já alguém de idade avançada — o que foi detectado em decorrência da presença de seu terceiro molar e do perceptível desgaste de mastigação.
Sobre arqueologia
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.