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Notícias / Hamas

Os relatos da mulher que foi libertada pelo Hamas: 'Longe de ser vida'

Shani Goren, sequestrada pelo Hamas, compartilha sua luta para superar o trauma e pede libertação de todos os reféns

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/09/2024, às 09h30

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Shani Goren - Reprodução
Shani Goren - Reprodução

Na última sexta-feira, 13, uma das israelenses sequestradas pelo Hamas durante o ataque ao kibutz Nir Oz em 7 de outubro, Shani Goren, compartilhou seu testemunho em um evento em Paris, destacando a dificuldade de retomar uma vida normal após 55 dias em cativeiro em Gaza.

Segundo o UOL, o evento, organizado pelo Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif) no bairro judeu de Marais, reuniu familiares de outros reféns do kibutz, um dos mais afetados pelo ataque.

"Se passaram 343 dias desde aquele sábado em que fui sequestrada em minha casa no kibutz Nir Oz", relembrou Goren à AFP, descrevendo a sensação de ainda estar mentalmente presa ao local do cativeiro.

A jovem foi uma das reféns libertadas durante a trégua de uma semana entre Israel e o Hamas no final de novembro de 2023, mas seu relato evidencia que a liberdade física não representa a superação imediata do trauma.

"Meu coração e grande parte de mim ainda estão lá, naquele lugar terrível de cativeiro em Gaza", confessou Shani. Rodeada por habitantes do kibutz Nir Oz, muitos deles exibindo fotos de reféns ainda em poder do Hamas, ela expressou a dificuldade de se adaptar à rotina diária.

Retornei, acordo de manhã, durmo à noite, embora na maioria das vezes não consiga, como, bebo. Mas isso está longe de ser vida. Meus amigos mais próximos do kibutz ainda estão lá. Sinto falta deles," completou.

A guerra

O ataque ao kibutz Nir Oz teve um impacto devastador, resultando em cerca de 30 mortes e mais de 70 pessoas tomadas como reféns. Segundo dados do Exército israelense, 97 dos 251 sequestrados durante o ataque ainda permanecem em cativeiro, enquanto 33 foram declarados mortos. Goren reforçou a urgência de se libertar os que ainda estão detidos: "Cada dia é uma eternidade. Eles precisam voltar para casa. Agora".

O conflito iniciado como resposta de Israel para destruir o Hamas resultou em um número alarmante de mortes em Gaza, com mais de 41.000 vítimas, principalmente mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do movimento islamista palestino.