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Selo descoberto em Israel sugere evidências de guerreiro bíblico

Um selo descoberto em Israel durante escavações em Jerusalém pode fornecer evidências da existência de um guerreiro bíblico

Luiza Lopes Publicado em 11/09/2024, às 12h00

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Selo de cerca de 2.700 anos encontrado em Israel - Divulgação/Parque Arqueológico da Cidade de Davi
Selo de cerca de 2.700 anos encontrado em Israel - Divulgação/Parque Arqueológico da Cidade de Davi

Um selo descoberto em Israel pode fornecer evidências da existência de um guerreiro bíblico. A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) e o Parque Arqueológico da Cidade de Davi, em parceria com a Universidade de Haifa, revelaram a relíquia, encontrada durante escavações em Jerusalém.

O artefato, gravado em uma rocha, data de cerca de 2.700 anos, o que o coloca na época do "Primeiro Templo". Ele traz uma inscrição em hebraico arcaico que pode estar associada a um guerreiro do rei Davi.

Selo

Segundo as organizações, o selo exibe a imagem de uma figura com cabelos longos, usando um chapéu ou coroa, e uma palma aberta sobre o braço levantado. A figura também tem asas e veste roupas listradas.

"Esta é uma descoberta extremamente rara, é a primeira vez que um 'gênio' [ou demônio] com asas — uma figura protetora mágica — foi encontrada na arqueologia regional de Israel. Imagens de demônios com asas são bem conhecidas na arte neo-assíria [produzida] entre o século 9 e o século 7 a.C., e eles eram considerados um tipo de demônio protetor", afirmou a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

Ao redor da imagem, a inscrição diz "LeYeho'ezer ben Hosh'ayahu", que se traduz como "Pertencente a Yeho'ezer, filho de Hosh'ayahu". Esse detalhe sugere que o dono do selo era um alto oficial do Reino de Judá, possivelmente herdeiro do artefato após a morte de seu pai.

"Comparando o formato das letras e do texto a outros selos hebreus e bullae (impressões de argila dos selos) de Jerusalém nos mostra que, diferente da gravação cuidadosa do demônio, a escritura dos nomes no selo foi feita de maneira descuidada. Não é impossível que, talvez, o próprio Yeho'ezer tenha gravado os nomes no objeto", teorizou Ronny Reich, professor da Universidade de Haifa.

Pesquisadores acreditam que o selo era usado tanto para assinar documentos, devido à sua gravação em espelho, quanto como amuleto, por ter um pequeno furo para ser pendurado.

A menção de Yeho'ezer pode estar relacionada ao guerreiro Joeser, citado em 1 Crônicas 12:1-7, como um dos combatentes de Davi. Outra possível referência aparece em Jeremias 43:2, onde o nome "Azariah ben Hosh'aya" é mencionado, diz a pesquisa. 

Essa descoberta reforça a ideia de que Jerusalém, na época, era uma cidade multicultural, e que até pessoas fora da elite tinham a habilidade de escrever, possivelmente para fins comerciais.