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Notícias / Ciência

Novo grupo sanguíneo é descoberto, desvendando mistério de meio século

Conduzido por pesquisadores de institutos britânicos, estudo sobre o tema foi publicado na revista científica Blood

por Giovanna Gomes
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Publicado em 17/09/2024, às 13h30

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Imagem ilustrativa - Imagem de Fernando Zhiminaicela por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Fernando Zhiminaicela por Pixabay

Um novo sistema de grupos sanguíneos, o 47º reconhecido pela ciência, foi recentemente descoberto, solucionando um mistério que perdurava por mais de 50 anos e oferecendo novas possibilidades de diagnóstico e tratamento para pacientes com uma condição rara. O estudo, conduzido por pesquisadores de institutos britânicos, foi publicado na revista científica Blood.

O sistema, denominado "MAL", baseia-se na presença do antígeno AnWj. Em 99,9% dos casos, as pessoas possuem esse antígeno e são classificadas como AnWj-positivas. Contudo, uma pequena parcela da população pode ser AnWj-negativa, o que é extremamente raro e geralmente está relacionado a doenças, como certos tipos de câncer.

Esse fenótipo raro foi observado pela primeira vez em 1972, durante um exame de uma mulher grávida, mas sua origem genética permanecia desconhecida até agora.

Descoberta

De acordo com o portal Galileu, o estudo revelou que o antígeno AnWj é transportado no sangue pela proteína MAL, e que deleções homozigotas (perda de segmentos cromossômicos) no gene que codifica essa proteína resultam no fenótipo AnWj-negativo.

Apenas cinco indivíduos geneticamente AnWj-negativos foram identificados ao longo da pesquisa, e o sequenciamento completo do exoma mostrou que essa condição rara é causada por mutações no gene MAL.

Os pesquisadores conseguiram confirmar que o gene MAL é responsável pelo anticorpo AnWj ao realizar experimentos com células nas quais introduziram a versão convencional do gene. Essas células reagiram à presença do gene, confirmando sua função.

Ash Toye, colaborador do estudo, celebrou o feito, dizendo que foi "um quebra-cabeças notável por meio século". Com esses novos dados, a equipe espera que pesquisas futuras ajudem a identificar pacientes e doadores geneticamente AnWj-negativos, otimizando a segurança e eficácia das transfusões de sangue em todo o mundo.