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StandWithUs Brasil / Rafael Zimerman

Um ano depois: Brasileiro relembra ataque do Hamas em rave

Sobrevivente do ataque do grupo terrorista Hamas, Rafael Zimerman compartilhou sua vivência em entrevista exclusiva ao Aventuras na História

Luiza Lopes Publicado em 13/09/2024, às 13h25

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Rafael Zimerman - Reprodução/Instagram (@rafazimerman)
Rafael Zimerman - Reprodução/Instagram (@rafazimerman)

No dia 8 de outubro de 2023, o clima enérgico do festival Universo Paralello – Supernova foi interrompido quando sirenes de alerta antiaéreo soaram, seguidas de disparos de mísseis e rajadas de tiros.

Criado por Juarez Petrillo, pai do DJ brasileiro Alok, o evento, que acontecia no deserto de Negev, Israel, próximo à comunidade de Re'im, a menos de 20 km da Faixa de Gaza, foi alvo de um ataque surpresa do grupo Hamas, que iniciou sua ofensiva durante a madrugada.

Segundo as autoridades israelenses, pelo menos 260 pessoas foram mortas. Na ocasião, o Itamaraty confirmou que centenas de brasileiros se encontravam na região. Um deles é Rafael Zimerman, que sobreviveu ao ataque terrorista e compartilhou sua vivência em entrevista exclusiva à Aventuras na História.

Ele conta que foi ao evento com um amigo brasileiro, chamado Ranani Glazer, e a namorada dele, Rafaela Treistman, e que nenhum deles “esperava que, do nada, ia começar um atentado terrorista”.

O atentado 

Tudo começou em torno das 6h30 da manhã, eu estava sozinho na frente do palco. E aí, do nada, eu começo a ouvir barulhos de fogo de artifício: pá, pá, pá. Eu olhei para cima, eu vi vários mísseis passando, era uma quantidade incontável de mísseis, era surreal”, diz. 

Zimerman explica que a festa foi interrompida e o código vermelho acionado. “Tinha gente correndo, tinha gente filmando, tinha gente chorando, cada um numa reação. Eu saí correndo e eu fui em direção à barraca, onde tinha deixado as coisas”. Lá, ele encontrou Glazer e Rafaela, que sugeriram que eles encontrassem um bunker para “se proteger dos mísseis”.

O brasileiro destaca que devido à proximidade de Gaza, é “comum que tenham bunkers em pontos de ônibus”.

“São ‘casinhas’ de cimento em que não tem porta. É só uma entrada e não é subterrâneo. A gente foi um dos primeiros a entrar. Lá, eu diria que cabia confortável umas 15 pessoas, mas no final tinham 40, contado. Metade fica em pé e metade fica sentado”, relata. 

Segundo Zimerman, ele estava encostado na parede quando, de repente, sentiu um tiro atingir suas costas. Pouco depois, outro disparo veio, mas não atravessou a parede, apenas bateu em suas costas. Ele diz que os terroristas lançaram uma granada do lado de fora e, nesse momento, começou a rezar.

“Os terroristas começam a gritar Allahu Akbar, Allahu Akbar, Allahu Akbar, sem parar. Allahu Akbar, para quem não sabe, é Deus é grande em árabe, e se tornou um grito que eles utilizam para celebrar um atentado. Quando eu ouvi isso eu sabia que já era, porque eu entendi que a proteção que a gente tinha morreu. Era um lugar com 40 pessoas e não tinha porta, e você sabia que os terroristas estavam do lado de fora, então era só questão de tempo”, diz.

Confira a entrevista completa no Youtube: 

A entrevista foi proporcionada pela StandWithUs Brasil, instituição que trabalha para lembrar e conscientizar sobre o antissemitismo e o Holocausto, de maneira a usar suas lições para gerar reflexões sobre questões atuais.