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Notícias / Irmãos Menendez

Irmãos Menendez: Criador da série quebra silêncio após sugerir incesto

Ryan Murphy, criador de "Monstros: Irmãos Menendez", quebrou o silêncio após internautas criticaram representação de incesto

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 24/09/2024, às 17h37 - Atualizado às 17h40

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Cena da série "Irmãos Menendez" e Ryan Murphy - Divulgação/Netflix e Getty Images
Cena da série "Irmãos Menendez" e Ryan Murphy - Divulgação/Netflix e Getty Images

Lançada há menos de uma semana na Netflix, a segunda temporada de "Monstro", que revive o infame caso dos irmãos Menendez, causou polêmica nas redes sociais.

Os episódios misturam fato e ficção ao retratarem o caso dos rapazes que mataram os próprios pais em 1989. Embora apresente os dois lados da história, que envolve a versão da defesa e da acusação, a produção causou indignação ao sugerir que os Menendez se relacionavam entre si. 

Ryan Murphy, criador de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais", quebrou o silêncio após as críticas em questão. Através de sua esposa, Erik Menendez disse que a série foi "desonesta". 

Murphy, entretanto, afirmou que sabe que ele não assistiu à série. 

"Eu acho isso interessante porque eu sei que ele não assistiu ao show. Então eu acho isso curioso", afirmou ele ao E! News (via Deadline). "Espero que ele assista. Acho que se ele assistisse, ficaria incrivelmente orgulhoso de Cooper Koch, que o interpreta".

Diferentes perspectivas

Ryan também explicou que a série aborda diferentes perspectivas, baseadas em pessoas envolvidas ou que cobriram o caso em questão. Ele disse que muitas pessoas se dividem a respeito do suposto incesto entre os irmãos. 

"É um caso de 35, 30 anos atrás. Mostramos muitas, muitas, muitas perspectivas. É isso que a série faz em cada episódio. Você recebe uma nova teoria com base em pessoas que estavam envolvidas ou cobriram o caso. Parte da controvérsia parece ser de pessoas pensando, por exemplo, que os irmãos estão tendo um relacionamento incestuoso. Há pessoas que dizem que isso nunca aconteceu. Houve pessoas que disseram que aconteceu", disse ele.

Murphy também explicou que o objetivo da série era apresentar todos os fatos e fazer com que as pessoas tirem suas próprias conclusões. 

"Sabemos como terminou. Sabemos que duas pessoas foram brutalmente baleadas. Nossa visão e o que queríamos fazer era apresentar a vocês todos os fatos e fazer com que vocês fizessem duas coisas: tirar suas próprias conclusões sobre quem é inocente, quem é culpado e quem é o monstro, e também ter uma conversa sobre algo que nunca é falado em nossa cultura, que é o abuso sexual masculino, o que fazemos com responsabilidade".

Por outro lado...

Robert Rand, autor do livro "The Menendez Murders" ("Os Assassinatos dos Menendez) e repórter que cobriu o caso dos rapazes, afirmou ao The Hollywood Reporter que as insinuações de incesto não são verdadeiras.

De acordo com o autor, os rumores em questão circularam durante o julgamento, no entanto, ele disse que qualquer contato mais íntimo seria limitado ao que Lyle testemunhou, quando revelou que abusou o irmão na infância. 

"Corriam rumores no julgamento de que talvez houvesse algum tipo de relacionamento estranho entre Erik e Lyle. Mas acredito que o único contato físico que eles podem ter tido é o que Lyle testemunhou, que quando Lyle tinha 8 anos, ele levou Erik para a floresta e abusou dele com uma escova de dentes — que é o que [seu pai] José tinha feito com ele. Então eu certamente não chamaria isso de um relacionamento sexual de qualquer tipo. É uma resposta ao trauma", disse ele ao The Hollywood Reporter.