Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Internacional

Empresa opera aparelho de suicídio assistido sem autorização médica

Caso ocorreu no cantão de Schaffhausen, Suíça; Uso indevido das "cápsulas" de suicídio resultou em investigações e prisão dos responsáveis

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/09/2024, às 20h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Cápsula Sarco, dispositivo de suicídio assistido - ARND WIEGMANN/AFP
Cápsula Sarco, dispositivo de suicídio assistido - ARND WIEGMANN/AFP

Funcionários de uma empresa no norte da Suíça foram detidos após abertura de investigação pelo Ministério Público de Schaffhausen, que revelou o uso não autorizado de equipamentos de suicídio assistido no local. A informação foi divulgada pela polícia do país nesta terça, 24.

O aparelho, semelhante a um sarcófago, é conhecido como "Cápsula Sarco" e foi criado em 2021 pelo Dr. Philip Nitschke, diretor-geral da Exit International, organização sem fins lucrativos. À época de seu lançamento, o dispositivo recebeu críticas por "glamourizar" a morte.

O processo de eutanásia ocorre por hipofixia (perda de oxigênio nos órgãos). Quando alguém entra na cápsula, ela se fecha e aciona um mecanismo que libera nitrogênio e suprime o oxigênio em seu interior. Com isso, a pessoa perde a consciência em segundos e morre em minutos.

Interior da Cápsula Sarco - ARND WIEGMANN/AFP

Em nota, o Ministério Público de Schaffhausen informou que: “abriu um processo criminal contra várias pessoas por incitação e assistência ao suicídio, e várias destas foram detidas”.

A polícia ainda confirmou o confisco da Cápsula Sarco e a retirada do corpo de um homem que teria cometido suicídio com o aparelho na última segunda.

Essa foi a primeira vez que as autoridades suíças tomaram conhecimento de um suicídio realizado por meio da Cápsula Sarco. Entretanto, conforme anunciado pela Exit International, esperava-se que uma americana fosse a primeira pessoa a se submeter ao processo, o que não foi possível devido ao agravamento de seu quadro psicológico.

+ Junto há 46 anos, casal diagnosticado com demência se inscreve por eutanásia

Em sabatina na Câmara dos Deputados, a ministra do Interior da Suíça, Elisabeth Baume Schneider, criticou o ocorrido:

"A cápsula de suicídio não está em conformidade com a lei. Em primeiro lugar, não cumpre com os requisitos de segurança dos produtos. Além disso, o uso de nitrogênio dentro dessa cápsula não é compatível com o propósito da lei sobre produtos químicos."