Vítimas e familiares denunciam exploração e falta de empatia em 'Monstros', o novo sucesso da Netflix sobre crimes reais
As minisséries de Ryan Murphy para a Netflix, 'Dahmer - Monstro: A História de Jeffrey Dahmer' e 'Monstros - Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais', têm sido alvo de duras críticas por parte de familiares e amigos das vítimas dos crimes retratados. As acusações giram em torno da exploração do trauma alheio para fins de entretenimento e da falta de empatia demonstrada pelos criadores da série.
Erik Menendez, um dos irmãos retratados na série, foi o último a se manifestar através de sua esposa, classificando a representação de si mesmo e de seu irmão como "vis e terrível". Ele acusou o diretor de criar uma "narrativa horrível" que "levou verdades dolorosas vários passos para trás".
A reação de Menendez ecoa as críticas feitas por familiares das vítimas de Jeffrey Dahmer. Shirley Hughes, mãe de Tony Hughes, uma das vítimas de Dahmer, expressou sua indignação com a série, ao afirmar ao TMZ que: "É uma pena que as pessoas possam pegar nossa tragédia e ganhar dinheiro. As vítimas nunca viram um centavo. Passamos por essas emoções todos os dias".
Rita Isbell, irmã de outra vítima, Eric Perry, também se manifestou à Insider, criticando a falta de doações para as famílias das vítimas e a reabertura de feridas antigas.
“Sinto que a Netflix deveria ter perguntado se nos importamos ou como nos sentimos. Não me perguntaram nada. Eles simplesmente fizeram isso. Eu poderia até entender se eles dessem parte do dinheiro para os filhos das vítimas. As vítimas têm filhos e netos. Se o show os beneficiasse de alguma forma, não seria tão duro. É triste que eles estejam apenas ganhando dinheiro com essa tragédia. Isso é apenas ganância", lamentou ela.
Um ponto comum nas críticas é a falta de contato com as famílias antes da produção e lançamento das séries. Ryan Murphy afirmou ter tentado entrar em contato com familiares das vítimas, mas não obteve respostas.