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Brasileiro que furtou moeda histórica diz que objetivo era abrir uma 'discussão sobre roubo'

Artista brasileiro Ilê Sartuzi substituiu uma moeda histórica por uma réplica no Museu Britânico em Londres e compartilhou a repercussão internacional nas redes

Redação Publicado em 23/07/2024, às 10h19

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Artista brasileiro Ilê Sartuzi, responsável pelo furto de uma moeda do Museu Britânico - Divulgação/IMS
Artista brasileiro Ilê Sartuzi, responsável pelo furto de uma moeda do Museu Britânico - Divulgação/IMS

O artista brasileiro Ilê Sartuzi, que secretamente substituiu uma moeda de prata cunhada na Guerra Civil Inglesa por uma réplica no Museu Britânico em Londres, compartilhou a repercussão internacional de seu ato nas redes sociais.

Nesta segunda-feira, 22, ele republicou matérias do jornal The Guardian, da agência Reuters e das revistas Plaster e Shmag.

Sartuzi depositou a moeda original na caixa de doações da instituição. O incidente ocorreu durante uma demonstração na Sala 68 do museu, onde ele trocou a moeda cunhada em 1645 em Newark, Inglaterra, pela réplica.

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Brasileiro que furtou moeda do Museu Britânico repercute matérias do The Guardian, ArtHub e Reuters / Crédito: Reprodução/Redes Sociais (@ilesartuzi)

Furto da moeda

O artista disse ao site britânico Hyperallergic que sua interação com a moeda, ocorrida no contexto de uma "mesa de manuseio de objetos", não violou leis ou políticas do museu.

O objetivo era abrir uma discussão sobre roubo e pilhagem tanto em um contexto histórico quanto de uma perspectiva neocolonial dentro das instituições culturais contemporâneas", afirmou ao site. 

Sartuzi também mencionou que o roubo da Mona Lisa em 1911 aumentou significativamente a fama da pintura, traçando um paralelo com sua própria ação. Ele ainda ressaltou que tanto o teatro quanto a mágica dependem da "suspensão momentânea da descrença".

Planejado por mais de um ano, o ato foi registrado por três amigos de Sartuzi com uma câmera portátil. Inicialmente, ele foi notado por um guia voluntário. Porém, ele conseguiu trocar a moeda no dia seguinte após raspar a barba para evitar reconhecimento.

A moeda histórica não está catalogada no banco de dados do museu e pertence à coleção de manuseio, que permite aos visitantes tocar em objetos supervisionados desde janeiro de 2000. O item fazia parte de um conjunto de objetos reservados para fins educacionais, incluindo sessões práticas com visitantes.

O porta-voz do Museu Britânico disse ao jornal O Globo que a ação do artista é "um ato decepcionante e derivativo que abusa de um serviço liderado por voluntários destinado a dar aos visitantes a oportunidade de manusear itens reais e se envolver com a história". O museu também anunciou que alertará a polícia sobre o incidente.