Em 1911, ele utilizou seu antigo uniforme para invadir o Museu do Louvre com um objetivo claro
Em 1503, Leonardo da Vinci deu vida a um dos quadros mais famosos do mundo. Após a queda de Napoleão em 1815, a obra intitulada Mona Lisa foi transferida para o maior museu do mundo, o Louvre, em Paris.
O local, que já recebeu mais de 80 milhões de visitantes e atrai turistas de todas as partes do mundo, parecia ser o território apropriado e seguro para a arte de um dos pintores mais famosos do movimento alto renascentista. Entretanto, no início do século 20, o museu passou por uma situação que ninguém esperava.
Vincenzo Peruggia, que trabalhou no Louvre em 1910, planejou por meses o roubo da arte. Ele mesmo havia colocado uma porta de vidro para a proteção da obra e, mais tarde, quando havia se desligado do local, utilizou seu uniforme para entrar no museu e tirar o quadro.
No dia 21 de agosto de 1911, seu plano foi colocado em prática. O museu estava fechado e contava com poucos guardas. Dessa maneira, o homem saiu do local com a obra em mãos. Por mais inacreditável que pareça, a ausência só foi notada no dia seguinte. Após uma semana, o acervo ficou fechado para que a polícia iniciasse a busca por pistas do ladrão.
As autoridades realizaram as buscas por mais dois anos e deteve diversos artistas como principais suspeitos pelo crime, como Guillaume Apollinaire, poeta vanguardista, e Pablo Picasso, pintor espanhol. Mais tarde, ambos foram inocentados e libertados.
A fama da obra
Entretanto, o que poucos sabem é que a obra tornou-se conhecida devido ao assalto. Devido a cobertura da mídia, a arte chamou atenção ao redor do mundo. "A imagem começou a aparecer em noticiários cinematográficos, caixas de chocolate, postais e anúncios publicitários. De repente, ela se transformou em uma celebridade como estrelas de cinema e cantores", disse o escritor Darian Leader, autor do livro Roubando a Mona Lisa: o que a arte não nos deixa ver.
Além disso, muitos turistas iam ao Louvre somente para ver o espaço que a Mona Lisa costumava ocupar. Naquela época, o museu já reunia grandes obras artísticas, como a pintura Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix e A balsa de Medusa, de Théodore Géricault. Porém, após o furto, o quadro de Leonardo da Vinci conquistou uma fama excepcional.
Recuperação do quadro
Após uma investigação cansativa, as autoridades recuperaram a obra em 1913, quando Peruggia entregava a arte ao vendedor de antiguidade Alfredo Geri. Ele foi condenado a um ano e quinze dias, mas uma medida fez com que sua sentença diminuísse para sete meses e nove dias.
Em seu depoimento, o homem afirmou que a motivação do roubo era patriótica. Isso porque ele pensava que o imperador Napoleão a havia roubado da Itália. Porém, na verdade, o rei Francisco I comprou o quadro no século 16. Mesmo assim, Vincenzo pretendia vender a obra a um italiano, uma vez que obtinha uma lista com diversos nomes de colecionadores.
Após o retorno do quadro, diversos turistas foram até o museu para rever a arte de Leonardo. Entretanto, de acordo com o jornalista Jerome Coignard, poucos visitantes realmente conseguem apreciá-la. “O que importa é estar ali e poder dizer que a viram”, disse o escritor.
Mesmo que o roubo tenha entrado para história, o feito de Peruggia foi cada vez mais esquecido devido ao início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. "As pessoas pensam nele como alguém extravagante e adorável, que se apaixonou por uma obra de arte e que não a danificou", afirmou o historiador de arte Noah Charney.
Teoria sobre o roubo
Ainda existem rumores sobre o roubo da Mona Lisa, mas a real causa permanece um mistério. De acordo com os pesquisadores, Peruggia não era um amante de artes, muito menos entendia obre o assunto. Em todo esse tempo, a obra estava trancada num baú no apartamento de Vincenzo.
Para alguns estudiosos, o homem escolheu essa obra devido ao seu tamanho, já que o quadro mede 53 por 77 centímetros. Dessa maneira, seria mais fácil deixar o museu sem que ele fosse abordado.
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