O Negro Muro, projeto contínuo dedicado à preservação da memória negra, é o responsável pela homenagem ao renomado escritor
Redação Publicado em 30/08/2024, às 18h00
Para celebrar os 185 anos do nascimento deMachado de Assis, o projeto Negro Muro irá realizar uma grandiosa homenagem ao mais destacado nome da literatura brasileira e um dos maiores da literatura mundial.
Conforme repercutido pelo ICL Notícias, um painel de 18 metros, exibindo a imagem do escritor e referências à sua obra, está sendo pintado na lateral da Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição que Machado ajudou a fundar. Localizado no Centro do Rio de Janeiro, o mural estará concluído até o final de setembro.
O Negro Muro é um projeto contínuo dedicado à preservação da memória negra por meio de murais públicos. Funciona como uma cartografia negra do Rio de Janeiro através do muralismo e inclui uma vertente educativa, oferecendo livros didáticos e realizando aulas, palestras e atividades em escolas, com foco especial nas instituições públicas. O projeto é uma iniciativa do muralista Cazé e do produtor e pesquisador Pedro Rajão.
“A importância de pintar Machado de Assis na ABL é pelo fato de ele ser reconhecido como o maior nome de nossa literatura, mas também porque de tempos em tempos esse escritor genial volta à pauta, seja na discussão da identificação racial dele, seja para discutir sua obra, ou porque uma tiktoker gringa descobriu a sua escrita e esgotou seus livros na Amazon. Ele está tão vivo que agora vai aparecer em cores pelos pincéis do Cazé e pela minha pesquisa”, afirmou Rajão.
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O mural, com 18 metros de altura e 8 metros de largura, exibirá um grande retrato de Machado de Assis pintado a pincel, incorporando referências estéticas do Rio de Janeiro do século 19, além de aspectos pessoais da vida do escritor. Entre esses elementos, estarão incluídos a sua esposa, Carolina Augusta, sua paixão pelo xadrez, a cadelinha Graziela, e sua trajetória como tipógrafo, entre outras surpresas.
O Petit Trianon, edifício histórico doado pelo governo francês à Academia Brasileira de Letras em 1922, abriga a coleção pessoal de Machado, incluindo documentos, seus óculos, um pequeno caldeirão, móveis de sua casa e uma imponente estátua. Esta estátua será posicionada em frente ao próximo mural do projeto.
