Durante mais de 100 anos, permaneceu escondido sob os escombros do RMS Titanic um artefato bastante peculiar: um colar com o dente de um megalodonte
Publicado em 16/09/2024, às 15h00
Por volta das 2h20, na madrugada entre os dias 14 e 15 de abril de 1912, aconteceu no Atlântico Norte uma tragédia que ficaria marcada para sempre na história como o maior acidente marítimo da história: o naufrágio do RMS Titanic. Neste episódio, 2.224 pessoas testemunharam a queda do "navio inafundável", que vitimou mais de 1500 pessoas.
O naufrágio do RMS Titanic foi um evento tão inesquecível que, mesmo no fim do século, em 1997, chegou aos cinemas um filme que se passa nesse fatídico navio, que só fez uma viagem em sua existência: 'Titanic', de James Cameron. Hoje uma das histórias de romance mais célebres do cinema, o longa foi um sucesso de bilheteria, se tornando a maior de todos os tempos durante dez anos, além de conquistar diversos prêmios do Oscar.
Embora o naufrágio do Titanic tenha sido amplamente repercutido e comentado pelo mundo em sua época, demorou para que seus destroços fossem localizados. Isso só aconteceu em 1º de setembro de 1985, por uma equipa de oceanografia liderada pelo francês Jean-Louis Michel e pelo ex-oficial da Marinha dos EUA Robert Ballard.
O naufrágio foi encontrado a cerca de 4 mil metros de profundidade, a mais de 700 quilômetros da província canadense de Newfoundland. Desde então, os destroços já foram visitados várias vezes, por diferentes expedições, que buscavam estudar e documentar os locais do naufrágio e o que havia afundado com o Titanic.
E em 2023, pesquisadores da Magellan, uma empresa de investigação em águas profundas, divulgaram a descoberta de um artefato bastante especial nos destroços do Titanic.
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Conforme repercutiu a CNN na época, durante um projeto para produzir uma digitalização em tamanho real do Titanic — o maior projeto de digitalização subaquática da história —, a Magellan descobriu um colar que se destacava de outras joias ali apontadas. Isso porque ele contava com um dente de tubarão pré-histórico, um megalodonte, como joia.
Conhecido cientificamente como Otodus megalodon, o megalodonte habitou os mares de nosso planeta há mais de 23 milhões de anos. Eles eram mais rápidos que qualquer tubarão que podemos ver hoje, além de serem grandes o suficiente para comerem uma orca inteira em apenas cinco mordidas.
CEO da Magellan, Richard Parkinson qualificou a descoberta como "surpreendente, linda e de tirar o fôlego". Ele ainda acrescentou que "a equipe mapeou o campo com tantos detalhes que pudemos identificar esses detalhes".
Encontramos um dente de megalodonte que é moldado em um colar. É incrível, é absolutamente incrível”, celebrou Richard Parkinson à ITV News.
Vale mencionar que, embora a Magellan tenha feito a impressionante descoberta, ela não possui permissão para resgatar qualquer objeto do naufrágio, nem qualquer outra organização privada, devido a um acordo selado entre o Reino Unido e os Estados Unidos.
