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Submarino do Titanic: Reveladas as últimas mensagens trocadas antes do acidente

Animação revela as últimas mensagens entre navio e submersível Titan antes de tragédia; inquérito investiga causas e possíveis negligências

Redação Publicado em 16/09/2024, às 14h30

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Modelo do submarino que eclodiu no oceano - Divulgação / OceanGate Expeditions
Modelo do submarino que eclodiu no oceano - Divulgação / OceanGate Expeditions

Uma animação divulgada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos apresenta as mensagens trocadas entre o navio Polar Prince e o submersível Titan, da empresa OceanGate, que sofreu uma implosão em junho de 2023.

Em um dos momentos finais antes do trágico incidente, um dos ocupantes do Titan reportou que estava "tudo bem aqui", enquanto a embarcação se encontrava a uma profundidade de aproximadamente 2.500 metros.

Durante a descida do submersível, houve um intercâmbio contínuo de mensagens codificadas entre o Titan e o Polar Prince. Códigos como "a", indicando "recebi sua última mensagem", e "aa", derivado do código Morse para "fim da linha", foram amplamente utilizados. A letra "k" também foi empregada para confirmar a normalidade nos sistemas de comunicação.

A última mensagem do Titan foi registrada às 10h47, momento em que o submersível estava a 3.341 metros de profundidade, conforme informações da Guarda Costeira americana.

Inquérito

Iniciou-se hoje o inquérito destinado a investigar as causas da implosão do Titan. As autoridades envolvidas irão analisar os antecedentes do acidente, examinar dados técnicos e ouvir testemunhas durante duas semanas.

Jason Neubauer, presidente do Conselho de Investigação Marinha dos EUA, destacou que o objetivo é formular recomendações de segurança para prevenir futuras tragédias semelhantes.

A audiência investigará a potencial negligência envolvida no caso, abordando eventos anteriores ao acidente, a conformidade do Titan com regulamentações vigentes, qualificações da tripulação, integridade dos sistemas mecânicos e estruturais, além da resposta à emergência. Se forem identificados indícios de crime, o caso será encaminhado ao Departamento de Justiça.

Engenheiros e executivos da OceanGate serão ouvidos durante o processo. Entre os depoentes está Guillermo Shnlein, cofundador da empresa, que defendeu Stockton Rush, presidente da OceanGate falecido no acidente. Shnlein afirmou que sempre foram transparentes sobre os riscos das expedições.

Especialistas já sugeriram possíveis fatores que podem ter contribuído para a implosão. Conforme reportado pela NBC News, um desses fatores seria o uso de materiais experimentais como fibra de carbono no submersível de 23 mil libras (cerca de R$ 170 mil na cotação atual), material que ainda não havia sido testado em profundidades extremas. Os destroços do Titanic estão situados a cerca de 4 km abaixo da superfície marítima.

A implosão

O submersível Titan sofreu uma implosão em junho de 2023. A OceanGate anunciou oficialmente o incidente no dia 22 daquele mês, confirmando também a morte dos cinco ocupantes minutos antes de uma coletiva de imprensa da Marinha americana e após informar os familiares das vítimas. O Titan havia iniciado sua descida quatro dias antes, em 18 de junho.

A Guarda Costeira encontrou cinco grandes fragmentos do submersível. O contra-almirante John Mauger explicou que a descoberta inicial foi da ponteira sem o casco pressurizado, indicando um evento catastrófico. Os destroços foram encontrados a 3,2 km de profundidade e cerca de 480 metros dos restos do Titanic.

Os ocupantes do submersível eram: Stockton Rush, presidente da OceanGate; Hamish Harding, bilionário; Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood; e Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e renomado especialista no naufrágio do Titanic.