Múmias com ‘línguas de ouro’, Cidade de Ouro Perdida, naufrágio e cesta de frutas em cidade submersa surpreenderam pesquisadores
O ano de 2021 foi marcado por inúmeras descobertas. O Egito não fica para trás. Através de um extenso trabalho baseado na valorização do passado, pesquisadores divulgaram instigantes descobertas.
A redação do site Aventuras na História separou as mais relevantes.
As ruínas da cidade egípcia submersa de Thonis-Heracleion, na baía de Aboukir, perto de Alexandria, vêm revelando surpresas para os pesquisadores. Uma delas foi uma cesta de frutas praticamente intactas de pelo menos 2 mil anos. A cesta armazenava doum, fruto de uma palmeira africana conhecido por sua relação sagrada para os antigos egípcios.
No mesmo sentido, mais tesouros impressionantes foram encontrados no mesmo local, ainda neste ano. Um naufrágio que remonta ao período ptolomaico com 25 metros de comprimento e vestígios de um cemitério grego do começo do século 4 a.C. foram identificados. O último guardava uma série de objetos valiosos.
Essa provavelmente foi a maior descoberta de 2021 e nós da redação do site Aventuras na História já falamos sobre as múmias com línguas de ouro inúmeras vezes.
Descobertas no templo de Taposiris Magna de Alexandria, no oeste de Alexandria, as múmias revelaram uma técnica diferente de mumificação em que as línguas naturais dos corpos foram retiradas para que órgãos feitos de ouro pudessem ser inseridos para o pós-morte. Máscaras mortuárias também foram encontradas.
Outra descoberta que não pode deixar de ser citada é a Cidade de Ouro Perdida de 3 mil anos, finalmente identificada por pesquisadores na cidade de Luxor. O local foi fundado pelo rei Amenhotep III e funcionou como um importante centro administrativo e industrial no passado, antes de ser totalmente coberto por areia.
Um fazendeiro da cidade de Ismaília estava preparando seu terreno para plantação quando se deparou com uma enorme placa. Após uma análise, arqueólogos perceberam que ela continha inúmeros hieróglifos. Trata-se de um artefato de 2,3 metros de altura e 45 centímetros de espessura que remonta ao reinado do faraó egípcio Apriés, há 2,6 mil anos.
Neste ano, pesquisadores fizeram uma descoberta que afirmaram ser responsável por “reescrever” a história do Egito Antigo. Eles encontraram, no sítio arqueológico de Saqqara, 52 sarcófagos do Novo Reino, entre 1570 a.C e 1544 a.C. e máscaras funerárias. Nos caixões, estavam inscritos trechos do Livro dos Mortos e desenhados deuses.
Embora egiptólogos encontrem sarcófagos na maioria das descobertas, outros tipos de túmulos também são identificados. Na cidade de l-Hamidiyah, foi encontrada uma coleção de mais de 250 tumbas escavadas em uma rocha que data de 4.200, de um período entre o fim do Império Antigo até o fim do período ptolomaico. Havia também diferentes moldes de tumba e poços funerários.
Pesquisadores também descobriram, em 2021, o que acreditam ser a cervejaria mais antiga do mundo na cidade de Abidos, a 250 quilômetros ao sul do Cairo. O local provavelmente foi construído há cerca de 5 mil anos, durante o reinado do faraó Narmer, e produzia mais ou menos 22,4 mil litros de bebida. Além disso, a cerveja era destinada aos ritos funerários dos faraós egípcios.