Figura do folclore foi retratada na segunda temporada de 'Cidade Invisível', da Netflix
Após muito tempo de espera, a Netflix finalmente lançou a nova temporada da série 'Cidade Invisível. Retratando figuras do folclore brasileiro, a produção encanta diferentes gerações ao mostrar a saga de um detetive que percebe que as respostas sobre o seu passado se relacionam com as figuras míticas.
Na nova temporada, além dos personagens antigos, o público conhece novas lendas, como: Matinta Perê, a Mula Sem Cabeça e até mesmo Boiuna. "Após dois anos ausente, Eric [Marco Pigossi] aparece em um santuário natural, protegido por indígenas e procurado por garimpeiros ilegais, perto de Belém do Pará. Ele descobre que Luna [Manuela Dieguez] e Cuca [Alessandra Negrini] estão morando nas proximidades com o objetivo de trazê-lo de volta à vida. Embora queira retornar imediatamente para o Rio de Janeiro com a amada, suas habilidades sobrenaturais recém-adquiridas o tornam necessário para proteger Luna o santuário, que descobre serem intimamente ligados", detalha a sinopse da segunda temporada, divulgada pela Netflix.
Outra, que muito chama atenção, é a história do temido lobisomem, que na série é o menino Bento (Tomás de França). Em noites marcadas pela lua cheia, um menino ou homem se torna metade lobo e sai pela cidade fazendo vítimas. Mas afinal, como surgiu essa lenda?
Na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, lobisomens foram caçados como as bruxas. No entanto, a origem do homem em pele de lobo é antiga. Uma das primeiras menções sobre licantropia aparece na mitologia grega, especificamente na história de Licão, rei da Arcádia. Ao servir para Zeus, o monarca foi amaldiçoado e transformado em um lobo feroz.
O que se sabe sobre as histórias vem de relatos de cronistas e estudiosos da Idade Média e Moderna. No folclore brasileiro, o mito levou a menos violência. De acordo com a lenda, quando o sétimo filho homem nasce, ele se torna lobisomem.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, após completar 13 anos, o garoto ganha características do bicho, e passa a visitar sete igrejas e sete encruzilhadas. O hábito se torna uma rotina, mas ele volta à sua forma original ao amanhecer.
Geralmente, não é uma figura muito violenta, açoitando os cachorros para os fazer uivar. Mas, às vezes, pode devorar crianças não batizadas. A cura é simples: não precisa de bala de prata, só bater na sua cabeça.