Walther Sommerlath teria sido membro ativo do Partido Nazista a partir de 1931
Em 2011, a simpática rainha Sílvia, da Suécia, nascida no Brasil, teve que enfrentar os fantasmas de sua história familiar. Seu pai, Walther Sommerlath, teria sido um ativo membro do Partido Nazista alemão, algo que ela nega.
O jornalista sueco Henrik Jönson, que fez parte de um documentário de TV sobre a vida do pai da rainha, afirma o contrário. Segundo ele, Sommerlath matriculou seus dois primeiros filhos na única escola nazista de São Paulo na década de 1930 e frequentava festas do partido na cidade.
Mais tarde, voltou à Alemanha para dirigir uma fábrica de armas (não de trens de brinquedo, como acredita Sílvia) tomada de um empresário judeu. “Ele optou por isso. Não foi coagido”, diz Jönson. “Há provas e documentos que comprovam.”
Sommerlath teria entrado para o Partido Nazista quando vivia em São Paulo, em 1931. “Quem fez isso quis ganhar dinheiro com o nazismo”, afirma o jornalista, referindo-se à compra da fábrica.
“A rainha não tem culpa e deveria agir com transparência e responsabilidade para evitar especulações”, afirma Ana Maria Dietrich, autoria do livro Caça às Suásticas: O Partido Nazista em São Paulo.