Em O Regime, nova série disponível na Max, Kate Winslet vive uma tirana que comanda um país europeu fictício com atitudes chocantes
Publicado em 18/03/2024, às 17h00 - Atualizado em 20/03/2024, às 19h08
Perturbada e paranoica, Elena Vernham (Kate Winslet) é uma chanceler fora de controle num país europeu. Porém, após ignorar aliados e seguir as orientações de um novo funcionário, seu regime começa a desmoronar.
Esta é a sinopse de 'O Regime', nova série da Max,plataforma de streaming. Através dos episódios, disponibilizados aos domingos, o público acompanha a história criada por Will Tracy ('O Menu') e que apresenta direção de Stephen Frears ('A Rainha') e Jessica Hobbs ('The Crown').
A medida que novos episódios são disponibilizados, o público pode encontrar semelhanças entre a chanceler e ditadores que entraram para os livros de História.
Assim, fica a dúvida: 'O Regime' é baseado em uma história verdadeira? Bom, a personagem Elena Vernham e o seu país não passam de ficção, assim como as histórias e outros nomes mostrados ao decorrer dos episódios. No entanto, a sátira política conta com inspirações na vida real.
De acordo o site da revista Mens Health, a ideia para a série em questão surgiu quando Will Tracy leu a obra "O Imperador". Escrita pelo jornalista Ryszard Kapuscinski, o livro resgata os momentos finais do último imperador da Etiópia, Haile Selassie. Foram os mínimos detalhes a respeito dos funcionários do imperador que chamaram atenção.
A obra mostra não só os eventos que antecederam a queda do império, mas também os relatos de "guarda-costas, cozinheiros, manobristas, portadores de bolsa, portadores de presentes, guardiões de cães, portadores de trono, lacaios e empregadas domésticas", que evidenciam os detalhes e a paranoia que marcaram o fim de um império.
Essa foi a inspiração inicial, contudo, a história evoluiu e chegou no ponto em que Tracy desenvolve a turbulenta relação entre a chanceler e Zubak, um funcionário. A sua intenção era evitar que fossem feitas comparações com políticos, regiões e episódios históricos verdadeiros.
"Fiz tudo o que pude para passar por lá e tentar resolver e remover quaisquer semelhanças ou paralelos que pude", afirmou ele durante entrevista ao The Wrap. "Por ser um país inventado e por ser um pequeno país sem litoral na Europa Central, com uma política muito particular e uma economia muito particular e um tipo de líder muito particular, seria difícil confundir Elena com qualquer outra pessoa que não fosse Elena".
Ao mesmo tempo, é inevitável comparar os bajuladores de Elena Vernham com o círculo político que rondava Adolf Hitler até mesmo no momento de sua queda.
"Eles foram um pouco inspirados pelos quatro grandes de Hitler que ele teve ao seu redor no final", disse ele. "Mesmo quando as coisas estavam no seu nível mais baixo, e parecia que os soviéticos estavam a uma semana do bunker, e era impossível, mesmo assim, eles ainda estavam lutando para ser o 'filho favorito'. Eles não conseguem superar isso".