Escrito por Amanda Vail, o livro apresenta relatos emocionantes de pessoas que viveram na pele a ditadura de Francisco Franco
Em meio à Guerra Civil Espanhola, em 1936, o Hotel Florida em Madri era uma espécie de abrigo e centro de concentração para os correspondentes e fotógrafos que cobriam o conflito que colocou de um lado militares e do outro o governo eleito de esquerda.
Considerado um dos mais terríveis confrontos civis da História, foi também um marco para o jornalismo de guerra. A narrativa desta obra fica por conta de três casais extraordinários que se arriscaram para contar ao mundo os horrores do conflito que vivenciaram, o qual levou à morte mais de 500 mil pessoas e deu início à ditadura no país, sob o comando deFrancisco Franco.
A autora, Amanda Vail, conta por meio de uma reconstituição baseada em cartas, diários e relatos, as experiências e episódios pessoais dos protagonistas, uma história envolvente, sobre amor, verdade e morte na guerra.
Os protagonistas são os escritores Ernest Hemingway e Martha Gellhorn; os fotógrafos Robert Capa e Gerda Taro; e o secretário de imprensa espanhol Arturo Barea e a
austríaca Ilsa Kulcsar.
Hemingway, com sua carreira estagnada e em um casamento fracassado, tem esperanças de que a guerra lhe forneça um ótimo material e um novo romance; Martha é uma ambiciosa escritora e seria futura mulher de Hemingway.
Robert Capa e Gerda Taro, idealistas e jovens fotógrafos, estão criando o fotojornalismo moderno, buscando o registro perfeito da História que está acontecendo. E o espanhol Arturo Barea, chefe da imprensa estrangeira em Madri, e a austríaca Ilsa Kulcsar, jornalista comunista, lutam para equilibrar a verdade com lealdade, muitas vezes comprometida pelo momento que os coloca em perigo.
“Eles arriscaram sua vida para moldar a opinião pública e aguçar a vontade política desafiando o seu caminho em direção a um novo destino”, diz a autora, Amanda Vaill.