Durante a era Francisco Franco, filhos de presos ou republicanos desaparecidos eram tomados pelo Estado. Saiba mais!
A ditadura militar espanhola foi liderada pelo general Franco, e baseava-se em uma ideologia supremacista e racista. Os apoiadores do regime acreditavam pertencer a uma "raça" hispânica superior, que lhes dava o direito de conquista e submissão sobre povos que julgavam ser inferiores.
Diferente da política nazista, no franquismo a interpretação era através de análises político-culturais e psicológicas, e não por etnias. Como uma forma de "purificar" a raça, crianças nascidas de pais assassinos, encarcerados ou desaparecidos republicanos eram recolhidas pelo Estado para que fossem doutrinadas com os novos ensinamentos.
No ano de 1943, aproximadamente 12.043 crianças estavam sob tutela do governo. Durante a Guerra Civil Espanhola, muitos pais optaram por enviar seus filhos ao exterior para a própria segurança. Entretanto, após sua vitória, Franco ordenou que essas crianças voltassem a Espanha com ou sem a autorização paterna.
De acordo com a lei criada em 1940, o Estado tinha o direito de receber a guarda das crianças que estivessem em centros de auxílio social automaticamente, representando um grande risco dos pais perderem seus filhos para sempre.
Entre todas as crianças de nacionalidade espanhola que foram enviadas ao exterior, o governo tinha mais interesse nos pequenos que estavam na União Soviética. Segundo Franco, era ótimo recuperar aqueles que estiveram no país em que ocorreu o triunfo da revolução comunista.
As condições dos cárceres em que as crianças eram levadas, algumas junto de suas mães, era deplorável. Elas eram obrigadas a viver em celas lotadas, com pouca comida e condições higiênicas lamentáveis. Muitas acabaram falecendo por estes motivos.
Aquelas que conseguiam sobreviver acabaram separadas de suas mães e, em sua maioria, dadas através de adoções ilegais, ou enviadas a conventos sendo forçadas a tornarem-se religiosas. De acordo com a lei, a permanência dos menores nos cárceres ao lado de suas mães só era permitida até os três anos de idade.
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