A artista, que faleceu nesta quinta, 20, teve uma infância turbulenta
Eleita a Voz do Milênio, Elza Soares foi considerada uma das maiores artistas da cultura brasileira e o legado que nos deixa é inegável. Envolvida na luta pelos direitos humanos, defensora das artes e repleta de poder em relação a sua obra, Elza faleceu no fim da tarde desta quinta-feira, 20.
No entanto, mesmo que no fim de sua vida, de 91 anos, a artista estivesse consolidada e reconhecida pela cultura do Brasil, a infância e juventude de Elza foram extremamente turbulentas, estendendo-se até o seu relacionamento com Garrincha, que terminou oficialmente em 1982, após 20 anos intensos.
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Um dos acontecimentos mais marcantes de seus primeiros anos de vida se deu com um casamento arranjado enquanto tinha 12 anos de idade. A união foi forçada pelo seu pai. Ela se casou com um homem chamado Lourdes Antônio Soares, de quem herdou o nome que manteve ao longo de toda sua vida e carreira.
Segundo algumas fontes, a união forçada foi motivada porque Lourdes, que era amigo do pai da artista, abusou Elza, e seu pai obrigou-a a se casar, pois achava que "a honra de sua filha só estaria limpa com o casamento", como descreve o autor da biografia 'Elza', o jornalista Zeca Camargo.
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Apenas um ano depois do casamento, Elza estava grávida do primeiro dos sete filhos que teria ao longo de sua vida.
A união durou pouco tempo, o que significa que a artista, que viraria a Voz do Milênio, estava viúva e sem o seu primeiro marido em menos de uma década, aos 21 anos de idade.