As capelas da Etiópia surpreendem por terem sido esculpidas diretamente das rochas a partir do subterrâneo
Construções religiosas costumam surpreender por sua magnitude, que expressariam o poder de Deus diante de suas criações. No cristianismo, igrejas podem ser erguidas com tamanha grandeza que chocam fiéis e ateus.
Na Etiópia, por exemplo, as igrejas de Lalibela são algumas das obras mais surpreendentes ligadas à religião já construídas. Foram batizadas em homenagem ao local onde estão, na região montanhosa de Lalibela, e continuam a intrigar visitantes.
Pensando nisso, o site Aventuras na História separou 5 fatos sobre essas construções impressionantes.
As igrejas de Lalibela encantam por terem sido construídas de uma maneira muito particular: foram esculpidas diretamente das rochas a partir do subterrâneo e escavadas em pelo menos 40 metros embaixo da montanha e erguidas.
Depois de subirem do subsolo, as capelas foram moldadas em aberturas em formatos de cruz, que permitem que o sol penetre em seu interior. No entanto, pelo que se pode perceber, as áreas internas das instalações são ocas.
As capelas são únicas e isso pode ter se dado pelo período em que elas foram construídas. As análises de datação foram feitas por especialistas nas 11 construções identificadas na região de Lalibela.
Acredita-se que as igrejas tenham sido erguidas entre os séculos 7 e 13, no entanto, aponta-se que as construções mais interessantes são as que remontam especificamente ao século 12.
Ainda não se sabe exatamente o porquê das igrejas terem sido construídas, mas, para historiadores, a versão mais aceita é que o imperador Lalibela, que deu nome à cidade da Etiópia, quis erguê-las para criar uma “nova Jerusalém” em seu país”.
A ideia do rei era a de acolher os cristãos de sua nação com uma Terra Santa após sua viagem para Jerusalém em torno do ano 1187 a.C. Isso aconteceu pouco antes do território ser conquistado pelos muçulmanos, que interromperam as peregrinações cristãs.
A Etiópia foi um dos primeiros países a adotar o cristianismo, na metade do século 4, estando presente no país há muito tempo. No entanto, o Cristianismo Ortodoxo Etíope já não é mais tão seguido nos dias de hoje.
Ainda assim, as raízes cristãs ainda permanecem como característica importante da nação e fazem com que as igrejas sejam importantes pontos turísticos e religiosos, recebendo peregrinos e cerca de 100 mil visitantes por ano.
Ao lado do Stonehenge, a Grande Muralha da China, as pirâmides do Egito, Chichén Itzá, entre muitas outras, estão as igrejas subterrâneas de Lalibela na lista de patrimônios mundiais da UNESCO.
As construções foram protegidas pela ONU logo no começo do projeto, em 1978, quando as autoridades mundiais perceberam que o turismo passou a trazer consequências negativas para as obras, que estavam sofrendo com a erosão e degradação.