Alguns filmes de terror foram tão marcantes em sua época, que até mesmo levaram pessoas a cometer crimes na vida real; confira!
Publicado em 01/09/2024, às 19h00
Quando buscamos curiosidades sobre filmes de terror, nos deparamos com produções que são, de certa forma, inspiradas na vida real. Afinal, não é complicado pensar em alguma criatura folclórica regional e transformá-la em um monstro sanguinário, ou mesmo aproveitar-se de figuras históricas como Vlad, "o empalador".
No entanto, em casos ainda mais infelizes, podemos nos deparar com notícias de crimes reais que, de alguma forma, foram influenciados por vilões ou cenas de clássicos do terror. Confira a seguir!
Em 1966, chegou aos cinemas americanos o início de uma franquia de filmes que seria uma revolução para o gênero do terror slasher: 'Pânico'. Dirigido por Wes Craven, ele nos introduz à inconfundível figura do assassino Ghostface que, embora seja apenas uma alcunha atribuída a várias pessoas, se tornou um grande ícone da cultura pop.
E em 2002, resultou num trágico na França, um estudante de ensino médio de 17 anos esfaqueou uma garota de 15, explicou o The Guardian. Quando interrogado, ele admitiu ser obcecado pelo filme de 1996 — o que desencadeou, inclusive, um grande debate sobre a relação entre o excesso de consumo de mídia e a violência na vida real; e, claro, também chamou mais atenção à franquia.
Da franquia mais recente desta lista, 'Uma Noite de Crime' (2012) também já teve tempo de inspirar incidentes infelizes da vida real.
Nesse filme, os Estados Unidos vivem os menores índices de criminalidade e desemprego de sua história, após adotarem um período de 12 horas por ano em todo o país em que qualquer crime é permitido — colocando a vida de todo mundo ali dentro em risco.
E em 2016, o estadunidense Johnathan Cruz cometeu um roubo e tirou a vida de três pessoas de uma vez e, quando capturado e interrogado, disse que estava "expurgando", numa referência, dizem os promotores, ao filme de 2013, explicou a ABC News.
Freddy Krueger, da franquia 'A Hora do Pesadelo' (1984) é um dos vilões mais clássicos, cativantes e aterrorizantes da cultura pop, invadindo os sonhos de adolescentes para assassiná-los sem qualquer possibilidade de escapatória. Obviamente, ninguém poderia cometer assassinatos de maneira sobrenatural como o personagem faz, mas mesmo assim ele foi motivação para um caso real.
+ A Hora do Pesadelo: O enigmático evento real que inspirou Freddy Krueger
Em setembro de 2004, o jovem Daniel Julian Gonzalez ficou conhecido entre Londres e Sussex como "Assassino de Freddy Krueger" e "Assassino do Menino da Múmia", depois de ter atacado 6 pessoas — levando 4 delas à morte. Ele admitiu ter cometido assassinatos inspirados pelo vilão da obra.
Outro clássico do começo dos anos 2000, 'Jogos Mortais' (2004) foi o trabalho que lançou James Wan como uma nova lenda do terror. No filme, vemos um assassino impiedoso que fala mediante uma marionete bizarra que força suas vítimas a fazerem atrocidades para poderem sobreviver a armadilhas mortais. Ele quem consagrou a frase "eu quero jogar um jogo. Você precisa decidir se vale a pena viver pela vida" na cultura pop.
Porém, em 2007, uma mulher chamada Beverly Dickson usou o telefone e, em um infeliz trote, ouviu essa frase, acompanhada por instruções para encontrar uma chave e libertar uma amiga presa em sua casa, que estaria cheia de gás tóxico, explicou a NBC News.
Esse trote, porém, levou Dickson a sofrer um derrame, e duas garotas de 13 anos foram responsabilizadas pelo caso, e tiveram fiança fixada a US$ 2.000 cada.
Poucos cineastas podem se dar ao luxo de dizer que criaram uma obra tão popular e importante para o terror quanto William Friedkin, diretor de 'O Exorcista' (1973). Mais uma vez, claro que um filme que gira em torno de uma adolescente possuída pelo demônio não inspirou diretamente um evento real; porém, ele motivou uma mulher chamada Patricia Frazier a cometer um ato brutal em 1980.
Ela não só matou sua própria filha de 4 anos, conforme repercute o Screen Rant, como também arrancou seu coração, alegando ter feito isso para salvar o mundo de demônios e possessão demoníaca. Na época, o psicólogo Dr. Leon Morris alegou que ela, que sofria de esquizofrenia, sofreu um "trauma cinematográfico" depois de assistir ao filme, informou o UPI em 1980.
"Ele [Leon] disse acreditar que assistir a 'O Exorcista' 'cristalizou as ilusões das quais ela sofria e a fez sentir que sua filha estava possuída e estava tentando destruí-la'", informou o veículo.
