Para o empresário Mohamed Al-Fayed, seu filho Dodi e sua então namorada, Lady Di, foram vítimas de um complô
No ano de 1997, a princesa Diana — já divorciada de seu ex-marido Charles — vivia um novo romance. Na ocasião, Lady Di namorava o herdeiro egípcio bilionário, Dodi Al-Fayed. Diana, então com 36 anos e Dodi com 42, aproveitavam as férias nas Rivieras francesas e italianas, a bordo do iate do pai de seu namorado, o empresário egípcio Mohamed Al-Fayed.
Contudo, o conto de fadas se tornou um pesadelo. Em 31 de agosto daquele ano, o casal sofreu um grave acidente de carro dentro do túnel da Ponte de l’Alma, em Paris. O ocorrido que tirou a vida dos dois, ficou marcado para sempre na história.
Após o falecimento da princesa do povo e de seu então namorado, o pai de Dodi se tornou uma figura de destaque, já que para Mohamed a morte do casal havia sido premeditada. A fala do bilionário gerou uma teoria da conspiração comentada até os dias atuais, 23 anos depois do incidente em Paris.
A hipótese
Conhecido no ramo empresarial, o senhor Al-Fayed atuou por muitos anos como dono da rede de lojas de departamento Harrods, uma das mais famosas do mundo. O homem também foi dono do time de futebol inglês, Fulham e do hotel Hitz, em Paris, onde Diana e Dodi ficaram hospedados antes do trágico acidente.
Após perder seu filho, o magnata ficou muito abalado e jamais se conformou com o triste fim. Para Mohamed, o que aconteceu no dia 31 de agosto de 1997 não foi um acidente.
Desde fevereiro de 1998, o bilionário tentou provar na justiça que a princesa do povo e Dodi haviam sido vítimas de um complô realizado pelo serviço secreto britânico, o MI6, em parceria com o marido da Rainha Elizabeth II e pai de Charles, o príncipe Philip.
Se essa declaração já havia causado um alvoroço, a situação ficou ainda pior quando o empresário veio a público em 2001 para afirmar que Diana estava esperando um bebê de Dodi quando faleceu.
Contudo, nada do que foi dito por Mohamed foi comprovado. A teoria da gravidez caiu por terra quando o Comitê de Inteligência e Segurança afirmou com base no inquérito, que a princesa de Gales não esperava nenhum herdeiro.
Já as hipóteses de que as mortes haviam sido planejadas, também nunca foram sustentadas. As autoridades não encontraram nenhuma evidência que comprovasse a fala de Al-Fayed. Sabe-se que a justiça determinou que a tragédia aconteceu em decorrência da embriaguez do motorista Henri Paul, em junção com a perseguição dos fotógrafos.
Entretanto, o egípcio não estava satisfeito com a decisão, o homem tentou por muitos anos apelar contra o veredito, mas, nunca obteve sucesso.
Fim da batalha
No ano de 2008, dez anos depois de sua polêmica alegação, o empresário abriu mão da batalha para 'comprovar' que Diana e seu filho teriam sido assassinados pelo serviço secreto britânico.
“Já basta [...] sou um pai que perdeu seu filho e que fez de tudo durante dez anos”, afirmou Al-Fayed, em entrevista para a emissora ITV, em abril de 2008.
Na ocasião, o empresário disse que estava “cansado” de tentar seguir com sua luta para provar o suposto assassinato. "Mas tive suficiente. Deixarei o resto a Deus para conseguir minha vingança. Não vou fazer nada mais [...] Este é o final", afirmou o bilionário na época.