A trupe de humor fez uma esquete naquele ano prevendo como seria 2008, chamando atenção pelos acertos sobre o futuro
Publicado em 13/11/2022, às 09h00 - Atualizado em 13/07/2023, às 14h43
Transmitida pela primeira vez em 1966, a série “Os Trapalhões” foi uma das mais assistidas da TV brasileira. Até hoje, é impossível negar o impacto do programa na televisão, que divertiu brasileiros por décadas e continua relevante até hoje.
Com seu quarteto clássico, composto por Didi Mocó, Dedé Santana, Mussum e Zacarias, foram líderes de audiência pelas emissoras que passaram, além de registrarem recordes de bilheterias no cinema até os dias atuais, protagonizando produções com outras figuras clássicas dos enredos, como o Sargento Pincel e Ted Boy Marino.
Acontece que, muito além das aventuras, o programa também ficou marcado na história do entretenimento nacional por alguns fatos inusitados — desde seus notórios fãs, até seu inabalável sucesso. Um deles, ocorrido em um especial apresentado por Chico Anysioem 1983, já chegou a ressurgir na web por um enredo que amedronta os mais crentes em premonições.
Em dinâmica do episódio, os quatro membros da trupe encenam uma história que se passa 25 anos a frente da época, portanto em 2008. Visualizando como seria o futuro, dois trechos chamaram atenção ao 'preverem' passagens que realmente aconteceram na realidade.
A esquete começa com Mussum e Zacarias vestidos, justamente, de filhos de Mussum e Zacarias, referindo aos seus intérpretes como seus saudosos e falecidos pais. Coincidentemente, estes foram os primeiros membros da trupe a morrerem, muito antes de 2008.
Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias, faleceu em 18 de março de 1990, aos 56 anos, vítima de insuficiência respiratória após o consumo de remédios para perda de peso. Já Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, morreu em 29 de julho de 1994 aos 53 anos, devido a complicações ocorridas após um transplante de coração.
No entanto, o que chama ainda mais atenção é que os "filhos" dos humoristas se reúnem em uma missão para tentar reaproximar Didi e Dedé, os dois membros restantes e ainda vivos do grupo, mas que estariam supostamente brigados há anos e, já retratados muito velhos, deveriam voltar a se falar.
Tal fato realmente aconteceu, como Dedé explicou ao Flow em 2021; na ocasião, as diferenças criativas e de remuneração causaram o afastamento dos integrantes durante a década de 1990, mas a reaproximação amigável ocorreu ainda no início do século 21, mesmo momento atribuído ao roteiro fictício de 1983.