Documentário da Netflix resgata a intrigante morte de Laci Peterson; marido acabou condenado após o crime que chocou os Estados Unidos
Redação Publicado em 16/08/2024, às 20h21 - Atualizado em 19/08/2024, às 16h22
Em 2002, o caso de Scott Peterson ganhou destaque quando sua esposa, Laci Peterson, desapareceu na véspera de Natal. A medida que as investigações avançaram, as autoridades o apontaram como suspeito quando o corpo da mulher foi encontrado. No final, ele foi condenado a prisão perpétua.
Agora, o caso é resgatado no documentário 'Homicídio nos EUA: Laci Peterson'. Através de três episódios, a Netflix apresenta o desenrolar das investigações do assassinato de Laci.
"Laci Peterson estava grávida de oito meses quando desapareceu, iniciando uma busca que terminou em tragédia. Esta série documental aborda o assassinato ocorrido em 2002", destaca a sinopse divulgada pela Netflix.
Na produção, chama atenção a informação de que Scott viveu um relacionamento extraconjugal de Peterson com uma mulher chamada Amber Frey. Mas o que aconteceu com ela?
Cerca de uma semana após o desaparecimento de Laci, Frey, então com 27 anos, reconheceu Peterson nas reportagens e contatou a polícia, revelando que estavam tendo um caso. A mulher afirmou que ele alegou ser viúvo quando se conheceram no mês anterior, repercute a revista People.
Ela desempenhou um papel vital no julgamento, testemunhando por vários dias e colaborando com a polícia ao gravar suas conversas telefônicas com ele, sem seu conhecimento. Nessas gravações, Peterson mentiu repetidamente sobre seu paradeiro e atividades.
Amber Frey ganhou notoriedade em 2002 ao se apresentar como amante de Peterson. Na época, ela era mãe solteira e trabalhava como massoterapeuta. Frey continuou envolvida no caso ao longo dos anos.
No livro "Witness: For the Prosecution of Scott Peterson", lançado em 2005, ela detalha como conheceu Peterson através de uma amiga, Shawn Sibley. Eles se encontraram pela primeira vez em um bar em Fresno, Califórnia, em novembro de 2002. Frey teve a impressão de que Peterson procurava um relacionamento sério.
No entanto, tudo mudou em dezembro de 2002, quando Scott revelou a Frey que havia mentido sobre ser viúvo e que sua esposa estava desaparecida. Inicialmente, ela não suspeitou das intenções dele até ver uma notícia sobre o desaparecimento de Laci. Ela contatou imediatamente a polícia e forneceu todas as evidências do relacionamento deles.
Amber testemunhou no julgamento de Peterson em 2003, onde gravações das conversas entre eles foram apresentadas como evidência crucial. Os áudios mostraram Peterson mentindo sobre seu paradeiro durante o desaparecimento de Laci.
Já em novembro de 2004, Scott foi condenado pelo assassinato da esposa e do filho não nascido e sentenciado à morte. Em 2021, sua sentença foi comutada para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Frey continua morando em Fresno com seus dois filhos. Em 2005, lançou o livro "Witness", detalhando sua experiência no caso Peterson. Ela segue trabalhando como massoterapeuta e é embaixadora da bebida pré-treino Bucked Up.
Em setembro de 2015, Frey refletiu sobre sua vida após o julgamento durante uma aparição no programa Today. Ela destacou que nunca recebeu contato de Peterson desde sua condenação e encontrou fechamento fora do caso.
"Isso mudou minha vida. A dos meus filhos, até onde é normal, eu acho que você diria", afirmou ela no programa. "Eu não me arrependo de nada. Por mais louco que pareça... eu faria tudo de novo. Não era sobre mim. Há uma mulher desaparecida carregando uma criança. Se eu tivesse algo a dizer que ajudasse — sim, sem dúvida."
Em agosto de 2024, Frey voltou a falar sobre sua experiência no documentário da Netflix, compartilhando mais detalhes sobre seus sentimentos na época.
Mais de 20 anos depois, Peterson se pronunciou pela primeira vez em uma entrevista filmada para o documentário "Face to Face with Scott Peterson", do serviço de streaming internacional Peacock, que estreará em 20 de agosto. Na produção, ele admitiu o caso, mas negou ter assassinado sua esposa.
"Isso é tão ofensivo e nojento", disse ele sobre as alegações da acusação de que teria matado Laci por não querer ser pai e evitar pagar pensão alimentícia. Ele expressou arrependimento pelo caso extraconjugal, atribuindo-o à falta de autoestima e solidão.
