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Notícias / Faraó

Casal é impedido de registrar filho com nome do primeiro faraó negro

Um bebê recém-nascido tem nome diferente dado pelos pais e é impedido pela justiça de ser registrado, pois iria sofrer bullying, segundo a juíza.

Gustavo Calmon, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 11/09/2024, às 19h30

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Representação de Piiê, primeiro faraó negro do Egito - TV Globo/Reprodução
Representação de Piiê, primeiro faraó negro do Egito - TV Globo/Reprodução

Um bebê recém-nascido em agosto continua sem sua certidão de nascimento. Os pais da criança estão com dificuldades para registrar o menino, após o nome ser negado no cartório e na justiça.

O nome escolhido para o menino foi "Piiê", em homenagem ao primeiro faraó negro do Egito. 

Primeiro, o nome foi negado no cartório, por conta de sua grafia. Em seguida, na justiça, foi alegado que o menino iria sofrer buyllying se tiver esse nome, pois, é semelhante ao nome de um passo de ballet chamado "plié"

O bebê é o primeiro filho de Catarina e Danillo. A ideia do nome veio de um enredo de carnaval.

Consequências

Além de estar sem a certidão de nascimento, a falta de registro acaba impactando diretamente os primeiros passos da vida do filho do casal.

"Tem as vacinas que ele tem que tomar, teste do pezinho, tudo isso a gente precisa da documentação dele pronta. É importante pra ele saber também que nossa herança é de reis e rainhas africanas, que ele vem desse povo", afirmou a mãe da criança, Catarina Prímola, ao G1.

Resposta da Justiça

Em nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) disse que a lei 6.015/1973 traz a regra de que o oficial não irá registrar qualquer nome que seja sucessível de ridicularização. Além de que, se os pais não se conformarem com a recusa do registro, o caso deve ser passado para a justiça, cabendo a decisão de um juiz competente. 

Conforme o TJMG, a documentação apresentada pelos pais não contava com uma lista do personagem, aspectos culturais e históricos por eles valorizados.  

"Razão pela qual a sonoridade e grafia do nome foram preponderantes para o indeferimento, visto que, seriam aptas a causar constrangimento futuro à criança", disse a nota do TJMG.