Descoberta em 1922, a tumba do faraó Tutancâmon foi encontrada quase intacta e é uma das mais importantes da Arqueologia; confira!
Publicado em 10/09/2024, às 18h00 - Atualizado em 11/09/2024, às 18h39
Era 4 de novembro de 1922 quando o arqueólogo e egiptólogo britânico Howard Carter descobriu aquilo que marcaria para sempre o seu nome na História. Enquanto escavava uma área no Vale dos Reis, um cemitério de faraós do Egito Antigo, ele encontrou a impressionante tumba de Tutancâmon.
Também conhecido como "faraó menino", o poderoso Tut sempre foi uma criança frágil, e sofria de uma variedade de doenças que afetava diretamente em sua qualidade de vida. Por isso, ele morreu ainda jovem, com apenas 19 anos, em 1.324 a.C..
Na época da descoberta da sepultura, a tumba em questão encantou o mundo com os artefatos elaborados ali encontrados, que foram importantes para nos fornecer novas percepções sobre como era a sociedade do antigo Egito. Confira a seguir 5 curiosidades sobre o túmulo e a descoberta:
+ Tutancâmon: Incrível reconstrução facial mostra jovialidade do faraó menino;
O túmulo de Tutancâmon foi encontrado próximo ao centro de um cemitério de faraós chamado Vale dos Reis, localizado a oeste de Tebas. Ao contrário das pirâmides, que anunciam a sepultura de faraós e grandes tesouros, essas sepulturas ficavam mais escondidas, visando impedir a ação de saqueadores
Segundo o National Geographic, o túmulo foi encontrado acabou coberto por toneladas de pedras, incluindo até mesmo destroços de um túmulo escavado na encosta.
Muitos podem imaginar que uma sepultura tão bem escondida não teria sido saqueada no passado. Porém, embora a porta escavada estivesse selada, vestígios indicam que a tumba já havia sido arrombada duas vezes anteriormente.
Os roubos teriam acontecido logo após o enterro de Tutancâmon, 3 mil anos antes da descoberta de Carter. Os ladrões roubaram objetos menores, como contas de pedras preciosas.
Depois, oficiais remendaram as aberturas na porta externa com gesso. Também havia uma porta interna em um corredor inclinado que fora selada novamente.
Assim que Carter abriu a tumba, a primeira sala — a antecâmara — revelou itens preciosos. Estes, entretanto, estavam dispostos de maneira confusa, tendo provavelmente sido empilhados às pressas por oficiais durante a restauração do túmulo, após o último saque.
Ainda assim, a descoberta mostrou uma preciosidade: havia muitos "animais estranhos, estátuas e ouro — em todos os lugares o brilho do ouro", conforme Carter descreveu. Sua primeira reação com a descoberta foi classificar a sala como "maravilhosa".
Mesmo com os saques, a tumba de Tutancâmon estava praticamente intacta quando descoberta há mais de 100 anos, e foi graças a revelação que uma nova visão sobre os egípcios surgiu, permitindo que o mundo entendesse mais as práticas de sepultamento, detalhes sobre as crenças e aspectos da vida no antigo Egito.
Uma variedade de carruagens, armas, roupas e obras de arte servia refletia como eram os métodos de guerra naquela época. Também havia murais ilustrando crenças religiosas, incluindo uma reverência restaurada por Amon, que o predecessor de Tut havia diminuído durante seu governo.
Hoje, tesouros do Egito podem ser encontrados em várias partes do mundo — até mesmo no Brasil —, afinal, era costume que egiptólogos britânicos reivindicassem parte dos artefatos. Porém, quando o assunto é a tumba do rei Tut, o cenário é outro.
Na época em que a tumba de Tutancâmon foi descoberta, o Egito conquistava sua independência da Inglaterra. Por isso, foi ainda mais simbólico que o país não cedesse seu tesouro aos britânicos, insistindo que todos os artefatos encontrados permanecessem por lá.
