Nova série documental da Netflix apresenta os detalhes da investigação em torno do brutal assassinato de Laci Peterson, em 2002
Publicado em 14/08/2024, às 18h02 - Atualizado em 16/08/2024, às 18h02
Na última quarta-feira, 14, chegou à Netflix a nova minissérie documental 'Homicídio nos EUA: Laci Peterson'. Ao longo de 3 episódios, os assinantes podem acompanhar o desenrolar das investigações em torno do brutal assassinato de Laci Peterson, que ocorreu em 2002 em Modesto, na Califórnia.
"Laci Peterson estava grávida de oito meses quando desapareceu, iniciando uma busca que terminou em tragédia. Esta série documental aborda o assassinato ocorrido em 2002", explica a sinopse da produção, disponibilizada pela própria Netflix.
Agora, com a estreia da série na plataforma de streaming, o caso de Laci Peterson voltou a chamar atenção entre internautas. A mulher tinha 27 anos quando foi assassinada, e estava grávida de oito meses. O principal suspeito do crime: seu marido, Scott.
Era véspera de Natal, 24 de dezembro de 2002, quando Laci foi vista pela última vez, em sua casa em Modesto, no estado norte-americano da Califórnia. Após quatro meses desaparecida, o seu cadáver foi encontrado na Baía de São Francisco.
Logo, aqueles que se interessaram pela minissérie e pelo caso se perguntam: o que aconteceu com Scott Peterson, mais de 20 anos depois do crime?
Scott Peterson foi preso no dia 18 de abril de 2003 — apenas alguns dias após o corpo de Laci e Conner serem encontrados —, perto de um campo de golfe em San Diego. Na ocasião, ele negou todas as acusações de assassinato, declarando-se inocente em todo o caso, segundo o NBC Bay Area.
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Vale mencionar, conforme repercute o Today, que nos meses entre o desaparecimento de Laci e a descoberta de seu corpo, Scottcooperou constantemente com os investigadores, além de ter fornecido entrevistas à mídia.
Ele alegava que foi pescar na Marina de Berkeley naquela fatídica véspera de Natal, e quando chegou em casa encontrou seu cachorro preso na coleira, no quintal, sem qualquer sinal da esposa.
Além disso, um detalhe que chamava atenção sobre Scott é que, em janeiro daquele ano, uma mulher chamada Amber Frey — uma massagista que vivia em Fresno, na Califórnia — revelou que ela era namorada do homem, até descobrir que ele era casado e esperava um filho. "Scott me disse que não era casado", ela alegou.
O julgamento de Scott Peterson iniciou-se no ano seguinte à sua prisão, em junho de 2004, e ocorreu no tribunal de Redwood City, no Condado de San Mateo. Nos cinco meses que se seguiram, promotores alegaram que Scottfingiu o desaparecimento de sua esposa, para ele mesmo jogar o corpo dela na Marina de Berkeley; já os advogados de defesa do homem disseram que ela foi morta após se deparar com um assaltante.
No entanto, em 12 de novembro de 2004 que o destino de Scott Peterson foi determinado: ele foi condenado por homicídio de primeiro grau, pela morte de sua esposa, Laci, e ainda homicídio de segundo grau, pela morte de seu filho que estava para nascer. O júri também recomendou que ele fosse sentenciado à morte, e essa condenação veio, de fato, em 2005.
Porém, em 2020 a Suprema Corte da Califórnia anulou a sentença de morte, e ainda ordenou uma segunda análise das condenações de Scott. Segundo a Associated Press, a sentença de morte foi anulada por uma série de erros na seleção do júri, entretanto, a condenação pelo assassinato foi mantida.
Por fim, em 2021, a promotora distrital do Condado de Stanislaus, Birgit Fladager, determinou sentença de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional. Em 2022, ele tentou um novo julgamento, mas teve seu pedido negado, conforme noticiado pela NBC News.
Hoje com 51 anos, Scott Petersoncumpre pena na Prisão Estadual de Mule Creek em Ione, Califórnia, sem direito à liberdade condicional.
Porém, a história de Scott passou por outra reviravolta. No início deste ano, o caso foi assumido pelo Los Angeles Innocence Project, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é apoiar vítimas de "condenações injustas", conforme eles mesmos descrevem em seu site oficial.
Em maio, um juiz decidiu que uma evidência coletada com o corpo de Laci, um pedaço de fita adesiva que estava em suas calças, deveria passar por um novo teste de DNA. Mais de 20 anos após a morte de Laci Peterson, Scott segue preso e aguarda julgamentos na tentativa de provar inocência.
