Sudário de Turim, Santo Graal e pregos da crucificação: importantes para a Igreja Católica, esses objetos dividem opiniões
Objetos associados ao fundador do cristianismo foram revelados em diversos momentos da História. Confira algumas dessas relíquias, que conquistaram lugar de destaque em igrejas e catedrais ao redor do mundo.
8. Pregos da crucificação
Conforme visto nas reproduções da morte de Cristo, três ou quatro pregos teriam sido usados em suas mãos e pés. Mas não é isso que diz a Enciclopédia Católica: lá, nada menos que 30 pregos são venerados como relíquias de sua morte. Existem rumores de que a Coroa de Ferro da Lombardia , mantida na catedral de Milão, tenha sido feita com um dos espinhos sagrados. Outors espinhos também aparecem em diversos locais, como na Catedral de Bamberg, Alemanha.
7. A verdadeira cruz
Segundo Sócrates de Constantinopla, historiador cristão do século quatro, a mãe do imperador romano Constantino exigiu que seu filho derrubasse a a capela construída no local onde Cristo morreu - e com isso surgiram os destroços de três cruzes. Adorados como a Verdadeira Cruz, esses pedaços de madeira se espalharam pela Europa.
Mas as críticas são muitas: o teólogo John Calvin, da Reforma Protestante, uma vez afirmou que “se todas as peças que pudessem ser encontradas fossem coletadas juntas, eles gerariam um grande carregamento de navios. No entanto, o Evangelho testemunha que um único homem foi capaz de carregá-lo”.
6. A coroa de espinhos
A coroa usada como zombaria durante o martírio de Cristo está alojada na Catedral de Notre Dame, em Paris. Segundo autoridades do local, apesar de não ter sido autenticado, o objeto é muito venerado por lá. Mantida embrulhada em ouro, a coroa é apresentada ao público na primeira sexta-feira de cada mês.
5. Sudário de Turim
Peça de linho que mostra a imagem de um homem deitado, o Sudário de Turim foi muito defendido como o pano que envolveu o corpo de Jesus. Apesar de ter sido comprovado por radiocarbono que o Sudário foi criado no século 14 para ludibriar crentes da época medieval, ainda existem fortes debates sobre sua autenticidade. Hoje em dia, o objeto é mantido na capela da Catedral de São João Batista, em Turim, Itália.
4. O Sudário de Oviedo
Outro pano supostamente utilizado por Jesus se encontra na Catedral de San Salvador, na Espanha. Colocado em exibição pública apenas três vezes por ano, o pano ensanguentado que teria sido enrolado na cabeça de Jesus após sua morte forma um conjunto compatível com o Sudário de Turim, embora sua autenticidade seja igualmente debatida.
3. O Santo Prepúcio
É provável que a relíquia sagrada mais estranha já encontrada seja o Santo Prepúcio. Por ser judeu, Jesus precisou ser circuncidado. E o Evangelho Árabe da Infância de Jesus, supostamente escrito por Pedro com bases e dados fornecidos por Maria, informa que seu prepúcio teria sido guardado em uma caixa de alabastro.
Desde a época medieval, os Prepúcios de Jesus se multiplicaram de forma alarmante. Tanto que em 1900 a Igreja Católica declarou que qualquer pessoa que sequer falasse sobre ele deveria ser excomungada.
2. O véu de Veronica
Enquanto Jesus carregava sua cruz pelo martírio, Santa Verônica teria enxugado o suor de sua testa. E então, o rosto de Jesus apareceu no tecido.
O problema é que essa história não aparece por escrito até a Idade Média. Cópias do véu de Veronica foram largamente produzidas até o ano 1600, quando o Papa proibiu outras cópias e ordenou a destruição das existentes. Hoje em dia, a Basílica de São Pedro guarda um desses véus do período medieval, que não está em exibição pública.
1. Santo Graal
Um dos mais famosos objetos de Jesus é certamente o Santo Graal. Entretanto, a lenda do Graal já existia antes da época de Cristo, aparecendo entre os celtas e na história do rei Arthur, que buscava um recipiente mágico junto aos seus cavaleiros.
Segundo livros medievais, o Graal teria sido usado por Jesus na Última Ceia, para consagrar o vinho e transformá-lo em seu sangue. Após isso, José de Arimateia teria utilizado o recipiente para recolher o sangue e água resultantes da lavagem do corpo de Cristo e levado o objeto às ilhas britânicas, fundando uma comunidade para cuidar da relíquia, que se vincularia aos Cavaleiros Templários.