Estabelecimento da raça ariana, escravidão da Europa ocidente e experiências médicas são algumas das coisas que poderiam se tornar reais caso o Eixo saísse vitorioso
Apesar de a Segunda Guerra Mundial ter acabado há mais de 70 anos, muitos historiadores ainda especulam o que teria acontecido se ela tivesse terminado de maneira diferente. E se o poder do Eixo derrotasse os Aliados? E se Hitler continuasse vivo?
Obviamente, há muitas variáveis a se considerar ao especular cenários hipotéticos. Algumas mudanças no processo de tomada de decisão e as coisas poderiam ter sido completamente diferentes. A doutrina militar histórica e as agendas nacionais podem nos ajudar a inferir o que poderia ter acontecido e, como você pode imaginar, as perspectivas não seriam nada boas.
1. Estabelecimento da "Raça Pura" de Hitler
O objetivo final de Hitler, antes mesmo antes do início da guerra, era estabelecer um império ariano na Europa Central e Oriental. Ele acreditava que a imigração era uma grande vulnerabilidade para a Europa e achava que o etnocentrismo era a cura.
Porém, a genética moderna provou que a pureza racial não é de fato uma vantagem. Muitos cientistas evolucionistas e geneticistas descobriram que pais de etnias diferentes criam filhos mais saudáveis; tanto fisicamente quanto intelectualmente. Durante a ascensão nazista, cientistas foram obrigados a esconderem suas pesquisas que comprovam isso.
2. Genocídio completo dos Judeus
O Fuhrer não escondeu sua intenção de exterminar o povo judeu durante a Segunda Guerra, seu plano militar era conhecido como A Solução Final para Questão Judaica.
A solução final ordenou o assassinato de todos eles (não apenas na Europa). Quando a Guerra eclodiu, um enorme genocídio começou, matando mais de 6 milhões de judeus, quase metade perecendo no holocausto.
3. Experiências médicas seriam normais
Japão e Alemanha realizavam procedimentos científicos horríveis em seus inimigos. Os nazistas seguiam por três categorias principais: experimentos relacionados a combate; ensaios farmacêuticos e testes genéticos. Os judeus foram submetidos aos mais diversos procedimentos sem ao menos serem anestesiados.
Alguns testes expuseram os prisioneiros dos campos de concentração a agentes químicos, radiológicos e biológicos, para testarem os limites do corpo. Muitos foram forçados a entrarem em câmaras de alta pressão para testes de como o cérebro lida com a altitude. Os que sobrevivessem, que eram a minoria, passavam por outra bateria de experimentos.
4. A liberdade de expressão não existiria na maior parte do mundo
Assim como qualquer governo autoritário, os alemães não tolerava a discordância de pessoas contra seus atos. Famílias que questionassem os confrontos seriam divididas e exiladas ou, muito provavelmente, mortas. A diversidade de indústria, comércio, mídia, arte e religião seria suprimida e a história seria reescrita. O Nacionalismo e a lealdade cega seriam a única posição política aceitável.
5. O rosto de Hitler estaria em toda a parte
Como vemos em regimes ditatoriais, como na Coreia do Norte, sempre existe uma imagem de seu líder estampada em qualquer lugar do país, e com Adolf não seria diferente.
Figura dominante do partido nazista, ele teria seu rosto adorado por todos e imagens de sua pessoa seriam vistas em todos os restaurantes, cafeterias, metrôs de prédios do governo. Ninguém seria capaz de escapar das imagens, e a profanação de uma delas também renderia pesadas consequências.
6. Os Estados Unidos pertenceria parcialmente ao Japão e a Alemanha
O país fica localizado em uma região geográfica muito boa e de difícil invasão. Com aliados ao norte e um continente relativamente benigno abaixo, uma invasão seria muito difícil, embora possível. A derrota americana provavelmente teria que ocorrer por um ataque nuclear, e japoneses e alemães já tinham planos caso isso ocorresse.
O Japão queria que a costa oeste se tornasse uma área fantoche e uma zona militar para dominar o Pacífico. Eles tomariam as cidades costeiras como: Washington, Oregon e Califórnia. Os estados rochosos (Montana, Idaho, Wyoming, Colorado, Utah e Novo México) seriam uma zona neutra e tudo ao leste seria tomado pelos nazistas.
7. Alemão seria a língua oficial da Europa
Se Hitler tivesse vencido e colonizado com sucesso a maior parte da Europa, obviamente ele gostaria que todos falassem sua língua nativa. O sonho de uma raça principal incluía estabelecer o alemão com idioma oficial em todos seus estados conquistados. Se isso acontecesse, é bem possível que o alemão seria ensinado em escolas de todo o mundo, em oposição ao inglês.
8. O Estado de Israel nunca teria existido
Mesmo que as Nações Unidas existissem e dividissem um espaço para o Estado de Israel, o local seria um alvo fácil para o líder alemão. Com a Itália colonizando o Norte da África, a Alemanha possuindo a Europa e tendo presença massiva no oriente Médio e com o Japão controlando o leste da Ásia, ninguém seria capaz de impedir Hitler de destruir Israel.
Mas, mais realisticamente, mesmo que o Estado fosse criado, não haveriam refugiados judeus para ocuparem o espaço, ou pelo menos nenhum que estivesse disposto a viver abertamente.
9. A Itália ainda seria governada por fascistas
Hitler via a Itália como o elo mais fraco da Guerra, por isso ele vivia um dilema: permitir que os italianos imperializassem o norte da África e ficassem com uma grande parte do globo, ou transformá-los em um estado fantoche?
Como o Japão e a Alemanha, a Itália (principalmente a de Benito Mussolini) acreditava que precisava se expandir. Para isso, Benito escreveu uma nova constituição e tentou fazer uma lavagem cerebral no povo italiano. Se o Eixo tivesse saído vitorioso, essas tendências só aumentariam.
10. Escravidão da Europa ocidental
Hitler percebeu que havia maneira de remover todos que não atendiam ao seu plano de raça superior da Europa. A solução foi levar as pessoas restantes – depois de genocídios, deportações e anos de guerra – e transformá-las em escravos. Eles seriam de propriedade controlado pelo povo ariano.
O plano de expansão territorial e dominação precisaria de pessoas dispostas a cultivarem todas essas terras conquistadas. A ideia de Adolf era escravizar os eslavos – e quaisquer outras pessoas que ele não considerasse digna – e fazê-los trabalharem nas fazendas para alimentar o povo alemão. Ele pretendia manter 14 milhões de ‘racialmente indesejáveis’ para a escravidão.
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