O site Aventuras na História entrevistou o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti sobre a longa saga do coração de Dom Pedro I
Nos últimos meses, um assunto tem tomado conta das redes sociais: o coração de Dom Pedro I. Por menos esperado que fosse, o órgão foi enviado por Portugal ao Brasil como parte das celebrações do bicentenário da Independência do Brasil.
Desde que pousou em solo brasileiro na última segunda-feira, 22, o coração do imperador que se tornou símbolo da Independência do Brasil divide opiniões. Enquanto muitos não entendem o motivo pelo qual o coração foi conservado por 180 anos, outros questionam a necessidade de o governo brasileiro trazer o órgão para o país, afinal, foi necessário um custo que ainda não divulgado oficialmente.
Para entender a história por trás da conservação do órgão do imperador, o site Aventuras na História convidou o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti para uma conversa exclusiva no estúdio da marca.
O autor, que é responsável pela publicação de ilustres obras sobre a família imperial, agora lançou o box comemorativo com as edições ampliadas em capa dura, das biografias que contam a história da imperatriz Leopoldina (D Leopoldina - A mulher que arquitetou a Independência do Brasil) e Dom Pedro I(D Pedro I - O homem revelado por cartas e documentos inéditos).
Além das edições, o escritor lançou um novo volume da ilustre série “A história não contada”. No livro 'Independência: a história não contada: A construção do Brasil: 1500-1825', Paulo Rezzuttiexplica com facilidade o processo que resultou no 'Grito do Ipiranga' e um resumo do que veio em seguida: o nascimento e a construção – ainda em curso – de um país.
Para entender a história por trás da conservação do coração do imperador, precisamos voltar para o momento de sua morte. Dom Pedro abdicou do trono brasileiro no dia 7 de abril de 1831. Com isso, partiu para a Europa em meio ao caos com seu irmão, D. Miguel, tomando o poder.
Lá, ele prepara uma tropa na França e consegue invadir Portugal, inicialmente parando em Açores e, em seguida, retomando a cidade de Porto. Todavia, a figura histórica acabou contraindo tuberculose no cerco — doença que o vitimaria fatalmente.
"Quando ele morre, em 1834, [...] D. Pedro I pede duas coisas como desejo final. A primeira, que ele seja enterrado como um soldado da filha, com uniforme de general do quinto batalhão de caçadores. E eu vi os restos mortais deles, e o uniforme estava só com condecorações portuguesas. E ele deixa, por vontade própria, o coração em Porto, onde sofreu o cerco”, explica Paulo ao site Aventuras na História.
Mas por que Porto? Como o coração foi conservado? Qual a visão do escritor sobre a viagem do coração de Dom Pedro I 188 anos depois? Bom, para encontrar essas respostas e saber mais sobre o órgão, assista a entrevista completa abaixo!