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Matérias / Pedra do Destino

A curiosa ‘Pedra do Destino’ que volta à Inglaterra para coroação de Charles III

A 'Pedra do Destino' é um antigo artefato real utilizado nas coroações britânicas; entenda

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincollins Publicado em 09/10/2022, às 11h48 - Atualizado em 10/10/2022, às 08h50

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Trecho de vídeo em que é possível observar a curiosa 'Pedra do Destino' - Reprodução/Vídeo/YouTube/CLC News
Trecho de vídeo em que é possível observar a curiosa 'Pedra do Destino' - Reprodução/Vídeo/YouTube/CLC News

Desde a morte da rainha Elizabeth II, no dia 8 de setembro, muitas curiosidades em torno das antigas tradições da Família Real Britânica vieram à tona e, algumas delas, chamaram bastante a atenção, devido sua peculiaridade.

As descobertas são impressionantes principalmente pelo fato de que uma grande parte do mundo nunca teve a oportunidade de presenciar os rituais funerários e de posse de monarcas, visto que o reinado de Elizabeth II foi um dos mais duradouros da história da Europa.

Com a morte da monarca, por sua vez, a coroa britânica cabe ao novo rei, Charles III, antigo príncipe de Gales. Porém, todo o processo de coroação é longo, complexo e extremamente burocrático, de forma que até hoje, quase um mês depois da morte da rainha, ainda não foi realizado — sendo previsto para acontecer em junho de 2023.

Tendo isso em mente, um dos artefatos mais antigos e tradicionais pertencentes à família real britânica, a chamada 'Pedra do Destino', ainda deverá ir para Londres para a coroação oficial de Charles III como rei. O antigo monolito, por sua vez, está até o momento localizado no Castelo de Edimburgo, na Escócia.

Fotografia de réplica da 'Pedra do Destino', um dos artefatos mais antigos da Família Real Britânica
Fotografia de réplica da 'Pedra do Destino', um dos artefatos mais antigos da Família Real Britânica / Crédito: Foto por Bubobubo2 pelo Wikimedia Commons

História

A Pedra do Destino — também chamada de 'Pedra da Coroação', 'Pedra de Scone', ou 'Pedra Fadada' — é um artefato pertencente à família real britânica, utilizada na posse de reis e rainhas ao longo de vários séculos. Ela foi apreendida pelo rei Edward I, e construída em um trono na Abadia de Westminster em 1296, como informado pela BBC.

A rainha Elizabeth II, por exemplo, sentou-se acima da pedra quando foi coroada em 1953, e agora o antigo monolito será apresentado, depois de quase 70 anos, na cerimônia de coroação de seu filho, o novo rei Charles III.

O artefato, por sua vez, que foi movido da Escócia para a Inglaterra no século 13, por Edward I, foi devolvido ao seu país de origem apenas em 1996, depois de as coroas da Escócia e da Inglaterra já terem se fundido há quase 400 anos.

Fotografia antiga do trono contendo a Pedra do Destino
Fotografia antiga do trono contendo a Pedra do Destino / Crédito: Foto por Cornell University Library pelo Wikimedia Commons

Deixar a Escócia e roubo

A Historic Environment Scotland (HES), que administra o Castelo de Edimburgo, anunciou que a pedra seria usada na coroação do rei Charles III, e então seria prontamente devolvida à Sala da Coroa do castelo. "A pedra só deixará a Escócia novamente para uma coroação na Abadia de Westminster", enfatiza a HES.

A Pedra do Destino se trata de um bloco oblongo de arenito amarelo rosado de granulação grossa, que pesa cerca de 150 kg, e é tida como um importante símbolo da antiga monarquia escocesa.

No entanto, apesar da tradição e do posicionamento da HES sobre a localização do item, em 2020 o primeiro-ministro Nicola Sturgeon anunciou planos de realocar a pedra para Perth, também na Escócia.

Outra história curiosa sobre a Pedra do Destino, é que, em 1950, quatro estudantes escoceses a roubaram da Abadia de Westminster, na Inglaterra, e ela veio a ser encontrada somente meses depois, a 800 quilômetros de distância, no altar-mor da Abadia de Arbroath, na Escócia. Ou seja, mesmo com a unificação das coroas escocesas e britânicas, ela ainda era um importante símbolo de identificação para a nação da Escócia.

O rei Charles

Rei da Inglaterra após a morte da rainha Elizabeth II, o rei Charles despertou as manchetes logo na primeira semana em que assumiu o trono. Em novo livro, a autora Valentine Low conversou com fontes que falam sobre o perfil do novo monarca. 

Ele é exigente, no sentido de estar sempre trabalhando. Sete dias por semana. Ele nunca para", disse uma fonte à autora.