Assistente de direção do longa 'O Príncipe Encantado', o homem afirmou que teve um caso com a atriz nos bastidores da produção
Mundialmente conhecida por seus cabelos loiros e vestido ao vento, Marilyn Monroe era um dos principais símbolos sexuais de Hollywood entre as décadas de 1950 e 1960. Além de sua imagem, contudo, a atriz também era muito bem sucedida em seus trabalhos.
O problema é que, apesar de todo o glamour que fazia transparecer, Marilyn sempre teve de superar diveros desafios. Oriunda de uma família humilde, a grande atriz já passou um tempo em uma clínica psiquiátrica, onde tentava lutar contra a depressão.
Além disso, outro ponto que chama a atenção na curta carreira da atriz é sua vida particular, mais especificamente seus relacionamentos. Oficialmente, Monroe se casou três vezes: como jogador de beisebol Joe DiMaggio, com o dramaturgo Arthur Miller e com James Dougherty. No fim, as suas relações acabaram em divórcio.
Além deles, também é apontado que a loira supostamente teve um caso com o ex-presidente americano John Fitzgerald Kennedy, entretanto, nada realmente foi confirmado. Porém, a especulada relação mais improvável que Marilyn teve foi com o jovem assistente de direção Colin Clarke.
Em 1957, a atriz estrelou o longa “O Príncipe Encantado”, um título um tanto quanto questionável, pelo menos para Monroe, visto que, naquela época, ela tinha diversas incertezas sobre sua relação, como relembra matéria do UOL.
Pouco antes das gravações, a atriz talentosa tinha acabado de se casar com Miller, porém, a relação dos dois causava certa insegurança na estrela, conforme aponta o livro “Fragmentos: Poemas, Anotações Íntimas, Cartas".
Na obra, que apresenta cartas e escritos da atriz sobre diversas passagens de sua vida, destaca-se quando Marilyn fala sobre a impossibilidade de encontrar um amor de verdade, além da perturbação que tinha pelo fato de não conseguir engravidar.
“Acho que sempre fiquei profundamente aterrorizada por ser esposa de alguém. Pelo que sei da vida, ninguém consegue amar outra pessoa, nunca, de verdade”, diz Monroe em um manuscrito datado da época do filme.
Se a relação com Arthur já parecia fadada ao fim, algo que de fato se concretizou em 1961, o mesmo não podemos dizer de seu possível affair com Colin Clarke, pelo menos é isso que ele conta em “My Week with Marilyn”, lançado em 2000.
No livro, ele revela que um affair entre os dois teria acontecido durante uma das semanas em que a loira filmou “O Príncipe Encantado”. Na época, como recorda matéria do UOL, seu marido havia acompanhado a atriz na maior parte do tempo durante as gravações, que aconteceram no Reino Unido.
Porém, Colin diz que o que seria um romance aconteceu justamente depois que Clarke teve que deixar o país. Antes de revelar o suposto caso, em 1995, ele havia publicado outro livro “The Prince, The Showgirl and Me”, onde disseca os bastidores do longa, algo que é corroborado e classificado como fidedigno segundo as pessoas que estiveram presente nas gravações.
O que surpreende é que, em nenhum momento, ele cita o suposto romance com Marilyn, algo que, ele não havia feito pelo fato de não se sentir confortável para falar sobre o assunto.
Sabe-se que, naquela época, amigos e pessoas ligadas aos dois disseram que nunca souberam do suposto caso. Porém, de acordo com Day Kent, uma das dançarinas que participaram do longa, "Monroe e Miller ficam colados no set o tempo todo. Quando ele não estava com ela, ela estava cercada por sua comitiva", como relata o LA Times.
Se o caso aconteceu realmente ou não, o único ponto de vista que temos sobre o ‘romance’ é do que Clarke escreveu. Após dizer que comeu alguns sanduíches com a atriz, relembra que a convidou para conhecer a antiga escola que ele estudou. “Nunca estive nela desde que tinha dezoito anos”, descreveu o assistente.
“Quanto tempo, heim? Mas não esqueça da nadada que você me prometeu”, teria cobrado a atriz. Após a visita, relata Colin, os dois foram aliviar o calor em um mergulho no rio Tâmisa.
“Este é o único lugar em que podemos caminhar sobre a areia”, explica o assistente a atriz em um trecho do livro. “Por isso, é o melhor lugar para mergulhar. Eu já nadei aqui muitas e muitas vezes... Mas tome cuidado, Marilyn. A água está gelada”.
Pouco depois, ele recorda a cena quando ganhou um beijo de uma das maiores atrizes de sua época. “Ela olhou para mim, voltou a dar uma risada, olhou de novo para mim e então, de repente, ficou séria. ‘Colin’, ela disse, ‘entrou alguma coisa em meu olho. Você pode me ajudar a tirá-la?’”.
“Diligentemente, eu segui em sua direção através da água gelada, com as mãos elevadas acima da cabeça e um olhar fixo em seus enormes olhos. Marilyn estendeu os braços, agachou-os por trás da minha cabeça e puxou-a para perto da sua e me deu um beijo de verdade na boca”.
Vale destacar que se torna impossível confirmar o romance, uma vez que Marilyn faleceu bem antes do lançamento do livro, que ocorreu em 1995. Entretanto, fato destacado no livro e dissecado no filme homônimo (disponível no Prime Video), é que na época a mais famosa atriz de Hollywood realmente passava por uma fase difícil na carreira.
Os bastidores foram marcados por atrasos, anseios e chatiações por parte de Monroe. Na época, ela também já lidava com obstáculos para gravar suas falas, causando incômodo na produção do longa, como destaca o que foi escrito por Clarck.