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Matérias / Estados Unidos

Marilyn Monroe e John F. Kennedy tiveram um caso?

Colecionador de amantes, Kennedy teria vivido uma paixão polêmica com Monroe, que resultou em rumores fatais

Caio Tortamano Publicado em 09/07/2020, às 08h00

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Marilyn Monroe (esq.) e John F. Kennedy (dir.) - Wikimedia Commons
Marilyn Monroe (esq.) e John F. Kennedy (dir.) - Wikimedia Commons

Um dos pontos primordiais da suposição da chamada acima se deu em um aniversário do veterano de guerra. De uma maneira provocativa e sedutora, Monroe cantou o clássico "Parabéns Pra Você" ao presidente americano e levantou suspeita de uma possível relação entre os famosos nomes da mídia.

A música foi dedicada ao democrata durante a celebração de aniversário de 45 anos no Madison Square Garden. Muitos creditam a esse encontro a prova da relação entre os dois, mas Marilyn sempre realizou performances provocantes e poderia ser muito bem apenas mais uma apresentação icônica.

A teoria se fortalece pela ausência da mulher de John, Jackie Kennedy, por conta da presença da “concorrente” Monroe — o que na verdade se justificava pela primeira-dama não comparecer a eventos de arrecadação de campanha, razão secundária do aniversário.

Depois da apresentação, Kennedy foi presenteado com um Rolex dourado dado por Marilyn Monroe que está gravado “Jack, com amor, como sempre, de Marilyn — 29 de maio de 1962”. Assim que o presidente recebeu o regalo por terceiros, ordenou que se livrassem dele.

O começo de tudo

Especula-se que a história do casal tenha começado durante um jantar em nome de JFK, e foram introduzidos por ninguém menos que Frank Sinatra. John teria, então, convidado a atriz para a casa do artista Bing Crosby para uma confraternização sem a presença de Jackie.

Em 1973, Normal Maller foi a primeira pessoa a trazer à tona a relação entre as duas personalidades. Inclusive, na insólita teoria que responsabiliza os Kennedy pela morte do símbolo de Hollywood. Entretanto, depois desmentiu dizendo que, na verdade, precisava muito de dinheiro na época, e que sabia que inserir Kennedy em uma conspiração ao redor da morte de Monroe seria prolífico à ele.

Alguns outros fatores indicam que a relação entre os dois pode nunca ter sido verdadeira. Outra versão dada para o primeiro encontro de ambos afirma que teria sido em um hotel cinco estrelas em 1957, mas não existe registro nenhum que prove o encontro.

Especulações e rumores dizem que Jackie sabia da relação que seu marido tinha com a notória atriz. Marilyn teria, supostamente, ligado para a primeira-dama para contar que estava tendo um caso com o presidente.

A resposta da primeira-dama teria sido de conformidade, aceitando que seria trocada pela bela mulher. Porém, em tom ácido, advertiu a amante falando que todos os problemas que ela lidava (infidelidade, desconfiança, etc.) passariam para ela.

O relato surgiu através do livro These Few Precious Days, que narra o último ano da relação entre os dois até o trágico assassinato de John.

Tratando de informações mais concretas, cartas enviadas por Jean Kennedy Smith, irmã de JFK, para Marilyn Monroe indicam que a atriz tenha sido, na verdade, uma amante de Robert Kennedy, irmão do presidente.

Na carta, afirmou (em tradução livre): "Saiba que você e Bobby são a nova moda! Nós todos achamos que você deveria vir com ele quando ele voltar do Leste." Esse fato, entretanto, não descarta a relação de Marilyn com o presidente americano.

A morte de um sex symbol

Fãs de teorias da conspiração deliram quando pensam que a nebulosa morte da atriz pode ter tido algo a ver com os Kennedy e o rumor de que ela queria, publicamente, anunciar seu caso com ambos os irmãos.

O biógrafo de Marilyn, James Spada, não acredita nessa versão absurda. Entretanto, ele afirmou que a família do presidente não queria que o fato viesse à tona, pois colocaria em risco a sua presidência (como aconteceu com Bill Clinton, anos depois).

A vida dos dois foi de extremo sucesso em curto tempo, e chamou atenção da mídia e do público mesmo depois de mortos. Símbolos de uma geração passada, John e Marilyn podem nem sequer ter tido um caso, mas habitam o imaginário popular como um casal icônico.


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