Encontrada em meio ao deserto do Sinai, casa de repouso pode ter sido usada pelo exército egípcio e até mesmo pelo faraó; confira!
Publicado em 04/05/2024, às 09h20
Recentemente, egiptólogos descobriram na região norte do deserto do Sinai os restos de uma antiga "casa de repouso". A estrutura, por sua vez, não era destinada a idosos, mas sim teria abrigado temporariamente forças do exército egípcio — e, possivelmente, até mesmo a realeza, em algum período.
A construção, vale mencionar, está localizada mais precisamente em Tel Habwa. Essa região já é conhecida por possuir um cemitério datado de entre a 21ª dinastia (entre 1070 a.C. e 945 a.C.) e a 26ª dinastia (688 a.C. a 535 a.C.).
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Segundo o Live Science, os antigos governantes do Egito frequentemente lançavam campanhas militares pelo Mediterrâneo oriental, sendo o deserto do Sinai uma rota frequentemente tomada pelas tropas. Por isso, o local teria servido como um ponto para descanso do exército egípcio durante a viagem.
Embora a principal função da construção tenha sido, por muito tempo, abrigar temporariamente tropas egípcias, o Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades pontua em comunicado no Facebook que "é provável que este edifício tenha sido usado como um refúgio real devido ao planejamento arquitetônico do edifício e à escassez de fraturas de cerâmica [cerâmica quebrada] em seu interior".
Isso porque a ausência de peças de cerâmica quebrada sugere que provavelmente não eram feitos produtos de cerâmica na estrutura, e que o prédio era mantido limpo. Assim, ele não seria uma estrutura doméstica típica.
No comunicado, também é descrito que a casa de repouso possui dois corredores retangulares e várias salas que se ramificam a partir deles. Também foi encontrada uma inscrição hieroglífica que indica que o local é datado da mesma época do faraó Tutemés III, o sexto faraó da 18ª dinastia (1550 a.C. até 1544 a.C.).