Operação na Argentina resultou na descoberta de cerca de 40 toneladas de chifres de veado em um armazém ilegal em Buenos Aires
Nesta quarta-feira, 18, uma operação conjunta da Brigada de Controle Ambiental (BCA) e da Polícia Federal Argentina (PFA) resultou na descoberta de aproximadamente 40 toneladas de chifres de veado em um armazém ilegal em Buenos Aires. A informação é do jornal La Nación.
A ação, coordenada pela subsecretária Ana María Vidal de Lamas e autorizada pelo Tribunal Nacional Penal e Correcional nº 12, liderado pelo juiz Ariel Lijo, ocorreu em um local cujo endereço não foi divulgado. No interior do local, as autoridades encontraram os chifres embalados em plástico e prontos para venda.
A Polícia Federal Argentina fechou imediatamente o armazém após a descoberta, uma vez que no país é necessário o registro de operadores de fauna silvestre para atividades que envolvem a comercialização, importação e exportação de produtos derivados de animais selvagens.
Segundo o La Nación, em uma operação anterior, realizada em junho, a Polícia Municipal apreendeu cerca de 80 milhões de dólares em produtos derivados da caça furtiva em Buenos Aires. As autoridades encontraram diversos itens, como facas, cintos e chaveiros, feitos de subprodutos de animais nativos, como emas e capivaras.
A ausência de documentação que comprovasse a origem legal dos produtos levou à acusação dos responsáveis por violação da Lei 22.421 de conservação da vida selvagem.
As penas para a caça furtiva na Argentina são baixas, e os caçadores frequentemente operam na informalidade, vendendo carne, peles e chifres de animais nativos e exóticos no mercado clandestino, repercute o jornal argentino.
Esses produtos são destinados a restaurantes que oferecem carnes exóticas e a lojas turísticas que vendem artigos feitos de materiais ilegais, muitas vezes sem que os compradores tenham conhecimento de sua origem ilícita.