Quando crimes financeiros são cometidos, os criminosos muitas vezes precisam dar um jeito de "limpar" o dinheiro que conseguiram; entenda!
Publicado em 09/09/2024, às 10h00
Quando falamos em crimes, não é incomum que vejamos nos noticiários informações sobre grandes quantias roubadas e também sobre a eventual necessidade dos criminosos de "lavar" aquele dinheiro, que não pode se tornar uma prova do crime.
E essa prática, a "lavagem de dinheiro", pode ser feita de diferentes maneiras, para que os criminosos garantam suas fortunas. O processo consiste em um conjunto de operações comerciais e financeiras que, eventualmente, vão garantir a incorporação de bens, direitos e valores originários de ações criminosas na economia.
Com isso, os criminosos conseguem transformar seu "dinheiro sujo", proveniente das atividades ilícitas, em "dinheiro limpo", aparentemente lícito na legislação atual. Mas afinal, como ocorre esse processo de lavagem de dinheiro? Entenda!
Segundo o site do Banco do Brasil, a lavagem de dinheiro se divide em três etapas: colocação, ocultação e integração.
Na primeira etapa, a colocação, os recursos ilícitos são ingressados no sistema econômico, a partir de operações como depósitos em contas correntes bancárias, além da compra de produtos e serviços, como títulos de capitalização, previdência privada e seguros, sem mencionar outras aplicações, como poupança e fundos de investimento, além de compra de bens, como imóveis, joias e obras de arte.
Já durante a ocultação, ocorrem novas operações visando quebrar a cadeia de evidências da origem do dinheiro, para que o rastreio seja ainda mais complicado. Para tanto, ocorrem transferências entre diferentes contas correntes, inclusive de empresas, utilizando muitas vezes "contas fantasma", em nome de pessoas que sequer existem, e "laranjas", pessoas que emprestam seu nome para estar atividades.
Por fim, na etapa da integração, os recursos são incorporados formalmente no sistema econômico, com investimentos ou compra de ativos, sob documentações aparentemente legais. A integração, no caso, ocorre através da realização de investimentos em negócios lícitos, nos mais variados setores da economia, deixando assim aquele dinheiro com sua origem "suja" bastante oculta e difícil de se rastrear.