Parte superior de estátua gigante do faraó Ramsés II é descoberta em Minya, no Egito; ela completa parte descoberta anteriormente na década de 1930
Uma missão arqueológica conjunta entre pesquisadores egípcios e americanos descobriu recentemente a parte superior de uma grande estátua de Ramsés II, em escavações na província de Minya, no Egito. A descoberta recente completa um achado feito na década de 1930 da parte inferior, compondo uma estátua de 7 metros.
Segundo a Heritage Daily, a estátua foi encontrada durante escavações da antiga cidade de Hermópolis, na fronteira entre o Baixo e o Alto Egito. Na época do Antigo Império, a cidade era conhecida como Khemenu.
Vale mencionar que o nome Hermópolis foi dado pelos gregos, significando "a cidade de Hermes" (deus grego dos viajantes, do comércio e dos ladrões), pois eles associavam o culto a Thoth que ali ocorria a Hermes. Com os romanos, a cidade foi mais desenvolvida e, a partir do século 3, tornou-se um importante centro religioso.
Mustafa Waziri, Secretário-Geral do Conselho Supremo de Arqueologia, descreve que a estátua é feita de calcário e complementa outra parte descoberta na década de 1930 pelo arqueólogo alemão G. Roeder. A parte descoberta recentemente mede 3,8 metros de altura, e, quando junta à parte inferior, totaliza 7 metros de altura.
Já sua representação é de Ramsés II com uma coroa dupla e com a cabeça coberta por uma cobra-real. Além disso, na parte superior da coluna posterior existem inscrições hieroglíficas que descrevem os títulos glorificados do lendário faraó, segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.
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Ramsés II, também conhecido como Ramsés, o Grande, foi o terceiro faraó da 19ª Dinastia, no período do Império Novo. Ele reinou entre os anos 1279 a.C. e 1213 a.C., sendo frequentemente visto como o mais célebre faraó da história do Egito, responsável por uma série de campanhas militares e grandes projetos de construção.
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Além disso, após falecer, ele mumificado e sepultado no Vale dos Reis. A múmia de Ramsés II foi descoberta em 1881, apresentando um estado de conservação bastante impressionante, sendo assim uma das descobertas mais importantes já feitas do Antigo Egito.