O local foi cenário de mudanças relevantes no curso da história do Brasil. Confira!
Hoje possuímos tecnologias de guerra altamente destrutivas que podem ser liberadas remotamente. No século passado, todavia, lutas bélicas geralmente necessitavam que os soldados se locomovessem até o local. Quando os conflitos aconteciam em outros países, frequentemente essa viagem era feita pelo mar.
Foi nesse contexto que o Forte de Copacabana começou a ser construído, no ano de 1908.
Segundo divulgado pela revista Recreio, a construção era “parte do sistema de defesa da capital do estado”. A proteção da cidade do Rio de Janeiro era também particularmente importante para a geopolítica do Brasil por ser, naquela época, a capital do país.
A estrutura, que tem 114 mil metros quadrados, foi projetada de forma que pudesse proteger a Baía de Guanabara de navios inimigos. Para tanto, ela foi equipada com canhões de longo alcance voltados para o mar, e construída com paredes de 12 metros de espessura para não ser facilmente derrubada.
Na época que o Forte de Copacabana foi finalizado, em 1914, ele foi considerado a fortificação de guerra mais moderna da América do Sul, de acordo com o portal EBC. Sua inauguração teve tal importância que contou com a presença do Presidente da República de então, que era o Marechal Hermes da Fonseca.
Uma coincidência interessante é que aquele também foi o ano em que a Primeira Guerra Mundial começou, apenas reforçando a necessidade de locais desse tipo, embora o Brasil não tenha participado muito do conflito.
A construção imponente presenciou o desenrolar de alguns episódios relevantes da História nacional, como por exemplo a “Revolta dos 18 do Forte de Copacabana”, ocorrida em 1922, em que 17 oficiais militares e um civil se rebelaram contra o governo de então, que era chefiado pelo recém-eleito presidente Artur Bernardes. As informações foram documentadas pelo site Infoescola.
O grupo, que havia começado com cerca de 300 oficiais, ocupou a fortificação carioca, o que fez com que o local fosse bombardeado pelo Exército a mando do Estado. Em seguida, a grande maioria aceitou render-se ou então apenas abandonou a revolta - a exceção foram os 18 que deram nome ao acontecimento, dentre os quais 16 morreram.
A ação foi considerada a primeira a ser realizada pelo Movimento Tenentista, que consistia em um grupo de soldados de baixa e média patente que estavam insatisfeitos com a República Velha.
Outro momento significativo foi quando o Forte foi usado para aprisionar o presidente Washington Luís, recentemente deposto, na época da Revolução de 1930, que foi liderada por Getúlio Vargas e terminou com o golpe de Estado que encerrou a República Velha. O ocorrido foi relembrado também pela revista Recreio.
Atualmente, o Forte de Copacabana foi transformado em ponto turístico, sediando o chamado “Museu Histórico do Exército”, que é aberto para visitação e conta alguns dos marcos da história do lugar.