Há aproximadamente 400 milhões de anos, o Dunkleosteus terreli era mais fatal que o tubarão-branco
O maior predador dos mares há 360 milhões de anos foi um peixe que tinha o tamanho de um pequeno ônibus. Embora o animal tenha sido especialmente intrigante, um estudo mais aprofundado sobre ele foi publicado somente em 2017.
De nome científico Dunkleosteus terreli, a espécie surpreende o público e cientistas de todo o mundo, que continuam estudando o animal que dominou os mares no passado remoto do nosso planeta.
Pensando nisso, a redação do site Aventuras na História separou 5 curiosidades sobre o impressionante predador pré-histórico.
Provavelmente, o que mais surpreende sobre o peixe da espécie Dunkleosteus terreli é o seu enorme tamanho, que faz os grandes predadores de hoje parecerem minúsculos quando comparados ao gigante pré-histórico.
Como é possível perceber pelos esqueletos do animal, ele poderia chegar ao tamanho de um pequeno ônibus — tendo até 11 metros de comprimento e podendo pesar até 4 toneladas.
O peixe pré-histórico fazia parte da classe de peixes dos placodermos. Por isso, ele apresentava placas encouraçadas e articuladas que cobriam, impressionantemente, todo o seu corpo.
Além disso, segundo os pesquisadores, a distribuição geográfica da localização dos fósseis — que foram encontrados desde nas águas da Europa e até no norte da África — sugere que a espécie estaria no topo da cadeia alimentar do período em que viveu.
O fóssil do Dunkleosteus terreli permitiu que paleontólogos entendessem muitos detalhes sobre o peixe. Mas foi em 2017 que um estudo feito pelo Museu Field, nos Estados Unidos, descobriu a capacidade da mordida do animal.
Eles reconstruíram um modelo de computador do crânio do peixe a partir do esqueleto verdadeiro e chegaram à conclusão de que ele poderia acabar com suas presas com muito mais força do que, inclusive, o grande tubarão branco.
De acordo com a pesquisa, o peixe seria capaz de exercer uma pressão equivalente ao peso de mais de 5.500 mil kg com a sua "super-mandíbula". Com uma combinação de força e velocidade, ele era um predador extremamente capaz.
A força era a de até 4.400 newtons nas presas da ponta da mandíbula, chegando a pelo menos 5.300 newtons nos dentes de trás. Isso é quase o dobro da força que o grande tubarão branco pode exercer e chega a ser tão forte quanto a de um tiranossauro.
Com a versão digitalizada do crânio, os cientistas puderam entender porque o predador conseguia fechar a mandíbula com tanta velocidade e força. A potência se dava devido a um impressionante sistema de músculos e articulações exclusivo e único da espécie.
Ele podia usar e mexer diferentes músculos para abrir e fechar a boca, conseguindo fazer isso em apenas um quinquagésimo de segundo. Além disso, o peixe era capaz de sugar a presa rapidamente e direto para o seu estômago.
O estudo completo sobre o Dunkleosteus terreli pode ser lido no periódico Biology Letters da Royal Society.