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Notícias / Paleontologia

Estudo afirma que fóssil de dinossauro encontrado em âmbar é de lagarto pré-histórico

"É diferente de qualquer outro lagarto que temos hoje", disse um dos especialistas sobre a descoberta instigante de 99 milhões de anos

Alana Sousa Publicado em 17/06/2021, às 12h00

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Reconstrução digital do lagarto ‘Oculudentavis naga’ - Divulgação/Edward Stanley/Florida Museum
Reconstrução digital do lagarto ‘Oculudentavis naga’ - Divulgação/Edward Stanley/Florida Museum

Um novo estudo conduzido pelo Institut Català de Paleontologia Miquel Crusafont, em Barcelona, na Espanha, e publicado na revista científica Current Biology, anunciou uma reviravolta sobre a descoberta de um pequeno dinossauro conservado por 99 milhões de anos em âmbar.

Anteriormente, a descoberta havia sido descrita como um dinossauro do tamanho de um beija-flor. Porém, a pesquisa anunciada na última segunda-feira, 14, revelou que o animal era, na verdade, um lagarto.

Ilustração de como seria o lagarto pré-histórico / Crédito: Stephanie Abramowicz/Peretti Museum Foundation/Current Biology

Através de tomografias computadorizadas, os estudiosos espanhóis analisaram o fóssil encontrado em Mianmar e lhe batizaram como ‘Oculudentavis naga’. Os resultados foram alcançados após a equipe comparar o lagarto em âmbar com outro bicho de uma espécie semelhante, considerada a ‘menor ave’ já registrada.

A presença de escamas e a dentição presa na mandíbula foram dois fatores essenciais para definir que se trata de um lagarto e não de um dinossauro. Além disso, o formato do crânio se mostrou um padrão entre bichos com escamas.

O lagarto descoberto em âmbar de 99 milhões de anos / Crédito: Divulgação/Florida Museum 

“Apesar de apresentar um crânio abobadado e um focinho longo e afilado, [o animal] não apresenta características significativas que possam ser usadas ​​para justificar uma relação próxima com os pássaros, e todas as suas características indicam que é um lagarto”, disse em comunicado Susan Evans, uma das autoras do estudo.

Acredita-se que a espécie tenha vivido há cerca de 145 milhões de anos, no período Cretáceo, sendo uma antecessora de outras espécies de lagartos e cobras. Juan Diego Daza, herpetologista, disse: “É um animal muito estranho. É diferente de qualquer outro lagarto que temos hoje”.