A plataforma de vídeos curtos, popular em todo o mundo, é acusada de criar vício em jovens e de ter moderação de conteúdo ineficaz
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 08/10/2024, às 17h00
Em um novo capítulo da batalha legal contra o TikTok, 13 estados americanos entraram com processos judiciais contra a plataforma nesta terça-feira, 8. As ações, apresentadas separadamente em diferentes jurisdições, acusam o aplicativo de prejudicar e não proteger os usuários mais jovens.
De acordo com as acusações, o TikTok utiliza um software intencionalmente viciante, projetado para prender a atenção dos jovens por longos períodos, além de falhar em moderar de forma eficaz o conteúdo presente na plataforma.
Os procuradores gerais dos estados envolvidos argumentam que a empresa prioriza o lucro em detrimento da saúde mental e do bem-estar das crianças.
"O TikTok cultiva a dependência das mídias sociais para aumentar os lucros corporativos", afirmou Rob Bonta, procurador-geral da Califórnia, em comunicado. "O TikTok tem como alvo intencionalmente as crianças porque sabe que os pequenos ainda não têm as defesas ou a capacidade de criar limites saudáveis em torno do conteúdo viciante."
As ações também destacam que a plataforma busca maximizar o tempo que os usuários passam no aplicativo para direcioná-los a anúncios, o que representa uma violação das leis de proteção ao consumidor. Além disso, o procurador-geral de Washington D.C., Brian Schwalb, alegou que o aplicativo opera um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado por meio de seus recursos de streaming ao vivo e moeda virtual.
Em resposta às acusações, a plataforma afirmou discordar fortemente das alegações, classificando-as como "imprecisas e enganosas". A empresa ressaltou que oferece recursos de segurança para proteger os menores, como limites de tempo de tela e configurações de privacidade.
