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Vítima de ex-sogro de Lady Di detalha abusos sofridos

Ex-funcionária da Harrods relatou em detalhes os abusos sexuais cometidos pelo bilionário egípcio Mohamed Al Fayed, que morreu em 2023

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 20/09/2024, às 16h00

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Mohamed Al Fayed - Getty Images
Mohamed Al Fayed - Getty Images

Em uma coletiva de imprensa emocionante nesta sexta-feira, 20, Natacha, uma das mais de 20 mulheres que acusam o falecido bilionário egípcio Mohamed Al Fayed de abuso sexual, detalhou os horrores que viveu enquanto trabalhava na luxuosa loja de departamentos Harrods, de propriedade do magnata.

A jovem, que foi contratada por Al Fayed aos 19 anos, descreveu o empresário como um "predador" que a manipulou e a submeteu a abusos sexuais durante anos. "Ele era inteligente e manipulador. Sem que eu soubesse, tinha entrado na cova dos leões", lamentou Natacha.

A vítima relatou que era submetida a exames médicos invasivos e "desnecessários", era isolada dos colegas de trabalho e era frequentemente convidada para reuniões privadas que se transformavam em assédio sexual. Ela contou ainda que era beijada à força, tocada de forma inadequada e, em uma ocasião, foi trancada em um apartamento e quase estuprada.

Eu vi a porta do quarto dele parcialmente aberta, havia brinquedos sexuais à mostra. Fiquei petrificada", revelou a vítima.

Revelação

A revelação de Natacha ocorre após um documentário da BBC ter trazido à tona as acusações contra Al Fayed, que morreu em 2023. De acordo com os advogados das vítimas, um processo civil está sendo movido contra a Harrods, onde a maioria das mulheres trabalhava. Os advogados afirmam que o bilionário submetia as candidatas a exames sexuais como parte do processo de seleção e que a loja de departamentos facilitava os abusos.

"Esse era um tráfico sistemático de mulheres para gratificação sexual", afirmou Dean Armstrong KC, um dos advogados das vítimas.

A Harrods, por sua vez, se disse "horrorizada" com as acusações e afirmou que a empresa é "muito diferente daquela de propriedade e controlada por Al Fayed". Segundo o G1, a loja de departamentos prometeu resolver as reivindicações das vítimas da forma mais rápida possível.